RESENHA CR�TICA: Amores Inversos (Loveship, Hateship)
Este � daqueles filmes onde ningu�m grita, faz esc�ndalo e os problemas miraculosamente se ajustam.


Amores Inversos (Loveship, Hateship)
EUA, 2013. 104min. Direção de Liza Johnson. Com Kristen Wiig, Guy Pearce, Nick Nolte, Hailee Steinfeld, Christine Lahti, Sami Gayle, Jennifer Leison Leigh.
É curioso como de vez em quando o cinema Americano ainda consegue fazer filmes humanos e até um pouco ingênuos, sobre pessoas comuns. Mesmo sabendo que não serão grandes êxitos de bilheteria. Este aqui foi dirigido e roteirizado por uma certa Liza Johnson, que fez muitos curtas e alguns longas (de pouca repercussão como Return, 2011). Mais interessante ainda é que ela conseguiu convencer a participar um elenco de primeira linha, algumas veteranas que estavam afastadas (e contribuem com duas ou três cenas de notável sinceridade, no caso Christiner Lahthi e Jennifer Jeson Leigh), junto com a aparição de duas adolescentes promissoras (uma delas vai de vento em popa, Hailee Steinfeld, que já foi indicada ao Oscar®) e dois atores sólidos Nick Nolte e Guy Pearce. Se o resultado não provocou qualquer sucesso de bilheteria, não mais de 50 mil dólares de público acaba sendo um filme de qualidade para o público feminino de qualidade.
A grande figura do filme é Kristen Wiig que era famoso no Saturday Night Live e estourou com a comedia, Missão Madrinha de Casamento. Logo largou a TV e fez o injustiçado A Vida Secreta de Walter Mitty, Ela (voz), Tudo por um Furo. Aqui ela interpreta uma jovem pobre e sem família, que cuida de pessoas velhas e doentes. Quando fica sem emprego vai para uma casa cuidar de adolescente, que inventa de forma falsa e intrigante, um romance entre ela e o próprio pai que é um drogado que está mal e está tentando se recuperar do vicio. Este é daqueles filmes onde ninguém grita, faz escândalo e os problemas miraculosamente se ajustam. Se você acredita neles... experimente.


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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