OSCAR 2015 - RESENHA: Timbuktu

O filme narra de forma clara e, apesar de tudo, até poética, o drama de um dono de gado e sua família

11/02/2015 16:31 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2015 - RESENHA: Timbuktu

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Timbuktu

Mauritânia, 2014. Dirigido por Abderrahmane Sissako.  Com Ibrahim Ahmed, Abel Jafri, Toulou Kiki.

Na mesma linha amarga e sofrida de Tangerinas, este é um discreto e trágico filme do país africano Mauritânia (que pela primeira vez apresentou um filme) e nos anos 50 Hollywood fez filme com esse nome mesmo em 58. Com Victor Mature e Yvonne de Carlo, quando o herói chega para tomar a Guarnição francesa do lugar que está sendo ameaçada por Tuaregs. Ah!, bons tempos aqueles onde tudo era tão simples.

Aqui se narra de forma clara e, apesar de tudo, até poética, o drama de um dono de gado e sua família que reside nas dunas de la na sua vida simplória e que esbarra nos fanáticos religiosos do Jihadistas, que estão determinados a controlar a fé deles. De qualquer maneira. Na verdade, a ação se passa perto de Timbuktu, que era a sede da região Malaia. Não pode ter música, risos, cigarros, até mesmo o futebol foi proibido. As mulheres que nada podem fazer procuram resistir com dignidade, mas a cada dia a situação vai ficando mais difícil, cortes improvisadas, ordenam absurdas sentenças mortais. Nos recordando que na África a situação as vezes é pior ate do que no Oriente Médio. E não parece ter fim ou saída.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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