OSCAR 2015 - RESENHA: Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo (Foxcatcher)

Steve Carrell está bem, embora o excesso de maquiagem o prejudique

28/01/2015 16:48 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2015 - RESENHA: Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo (Foxcatcher)

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Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo (Foxcatcher)

EUA, 14. 129 min. Direção de Bennet Miller. Com Steven Carrell, Channing Tatum, Mark Ruffalo, Sienna Miller, Vanessa Redgrave, Anthony Michael Hall.

Um subtítulo misterioso quase tão ruim quando o de Birdman, embora engraçado porque o mundo não se chocou com essa história porque não ficou sabendo direito dela. Ao menos por estas plagas, onde luta livre não é um esporte popular. Ainda assim é outra história real gerando um filme e que esta sendo exageradamente  promovida, chegando mesmo a concorrer a 5 Oscars (maquiagem, roteiro, direção , coadjuvante Mark Ruffalo e protagonista  Steve Carell). Para o Globo de Ouro foi Carell, Ruffalo e Melhor Drama. Em Cannes o diretor Bennet ganhou o premio de melhor direção (credo, que exagero!).

Mas quem é o sujeito? É de 1966, fez o Capote (05) de Philip Hoffman e que lhe deu indicação ao Oscar®, e que fez também o interessante o Homem que Mudou o Jogo com Brad Pitt (11). Nada que justifique tanta importância a um filme que ficaria marcado mais por seu trabalho de maquiagem. Acontece que ele cometeu a ousadia de chamar o Steven Carell, comediante O Virgem de 40 Anos, a serie The Office, para fazer algo contra seu tipo, o puro vilão de nariz empinado, um milionário John Du Pont que criou uma estranha relação dele com dois irmãos campeões olímpicos chamando-os para morar em sua vila onde ele funcionaria mais ou menos com treinador deles. É uma situação muito estranha porque fica logo evidente que ele não regula bem. Há momentos onde parece ter atração homosexual, mas também generoso quando tenta criar um time de luta livre Americano para participar das Olimpíadas de 1988. Mas toda a situação lhe sobe a cabeça e ele vai ficando mais excêntrico, até as coisas terminarem em tragédia.

É coisa normal um comediante se dar bem em papel dramático e Carelll não fica por menos, a princípio impressiona mais. Não tem culpa que tenham cometido o erro de fazer uma maquiagem tão elaborada que o deixou “engessado”, gíria para quando o deixam impedido de se movimentar ou ter expressões mais variadas. Ou seja, vira escravo da maquiagem e acaba se perdendo... A dupla de irmãos funciona melhor, o astro jovem  Chaning Tatum e principalmente Mark Ruffalo, sempre humano e natural. Mas quem rouba o filme mesmo aparecendo por poucos minutos é Vanessa Redgrave, que faz sua velha mãe numa aparição sublime de puro gestual, sem uma ponta de exagero.

De qualquer forma, ao menos nunca vi um filme sobre esse tema que no mínimo resulta intrigante.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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