OSCAR 2015 - RESENHA: O Conto da Princesa Kaguya (The Tale of the Princess Kaguya)
O Conto da Princesa Kaguya (The Tale of the Princess Kaguya)
O Conto da Princesa Kaguya (The Tale of the Princess Kaguya)
Japão, 2013. Direção: Isao Takahata e Yoshiaki Nishimura, famoso autor do Túmulo dos Vagalumes. Elenco Americano: Cloe Grace Moretz, James Caan, Mary Steenburgen, Darren Criss, Lucy Liu, Beau Bridges, Oliver Platt, James Marsden, Dean Cain, George Segal.
Ficou entre os cinco finalistas para a melhor animação do Oscar® este belo e encantador conto de fadas, delicado e elegante. Com 137 minutos, é o filme mais longo já feito pelo famoso Estúdio Ghibli. Kaguya quer dizer luz brilhante. Respeitando antigas tradições de comportamento e vestuário, já é a sétima versão desta historia no Japão (a anterior em 2001), que é inspirado no conto folclórico mais antigo deles. Indicado ao Annie Award também Boston, Los Angeles, Mill Valley, Toronto.
É encontrada dentro de um bambu que brilha, por um camponês e sua mulher, uma pequena menina, que parece uma boneca brilhante. Mas que rapidamente se transforma numa jovem. Chamada de princesa, ela encanta a todos e chega a achar que seria feliz com o casal de pais e o rapaz pobre e ladrão. Mas é enviada para a Corte do Rei, onde são muitos a cortejá-la até ter que cumprir seu destino, também por sua desobediência.
Muito singelo, feito com encantamento pelo famoso estúdio, usando aquarelas, quase impressionistas. Como se fossem incompletas de propósito, como se estivessem em processo de serem criadas e desenvolvidas. Ao escolhê-lo em vez da grosseira escancarada do filme Lego, a Academia dá uma lição de bom gosto e requinte. Tomara que outros possam vê-lo e admirá-lo.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.