RESENHA CRTICA: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo (Deepwater Horizon)

Prepare-se para uma surpresa. Este um excepcional filme de ao, baseado em fatos reais, realizado com muita tenso, suspense, violncia

08/11/2016 20:31 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo (Deepwater Horizon)

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Horizonte Profundo - Desastre no Golfo (Deepwater Horizon)

EUA, 16. 107 min. Direção de Peter Berg. Com Mark Wahlberg, Kurt Russell, Gina Rodriguez, John Malkovich, Dylan O´Brien, Kate Hudson.

Prepare-se para uma surpresa. Este é um excepcional filme de ação, baseado em fatos reais, realizado com muita tensão, suspense, violência, reconstruindo com empenho e drama a história do maior incêndio e desastre já acontecido com os americanos provocando o lembrado despejo de petróleo no Golfo do México a partir de 20 de abril de 2010. Resumindo assim parece que estou exagerando, mas a verdade é que as inúmeras reportagens que foram feitas, denunciando inclusive o absurdo da contaminação em diversos lugares da America, não dão uma ideia nem distante do que foi a tragédia que miraculosamente não teve tantos mortos quando era previsto.

Acho que a surpreendente qualidade do filme se deve ao produtor Mark Wahlberg (sempre fraco como ator ele tem faro como produtor, com frequência escolhendo histórias de ação que dão certo) e a escolha que fez para chamar um ator de segundo plano na direção (Peter Berg) que foi treinando antes (fez entre outros, Battleship, o sucesso O Grande Herói com o mesmo Wahlberg, O Poder da Sedução em 83, que o revelou apenas como ator e mais como realizador Hancock, O Reino, Tudo pela Vitória, Bem Vindo à Selva). Berg aqui faz um trabalho impecável, inclusive como ator num papel pequeno. Para o filme foi construído especialmente um “oil rig” (plataforma de petróleo).

Não há dúvida que uma parte importante da trama é o fato para nos pouco revelado da culpa da firma que tinha a missão de cuidar do bom estado, segurança e qualidade geral do poço de petróleo (que foi construído em pleno oceano no que foi chamado Deepwater Horizon). Basta dizer da escolha perfeita do excelente John Malkovich, que sabe ser um vilão perfeito, a quem cabe o cinismo de negar a responsabilidade (e no final ainda sair do julgamento ileso!). Porque o filme logicamente adota o ponto de vista dos operários que morreram sem necessidade e dos que lutaram contra o incêndio e o desastre.

Tudo é narrado em relativo pouco tempo, muito enxuto (a repercussão entre as famílias fica praticamente só com a mulher de Mark na historia, que é feita por Kate Hudson, na vida real filha adotiva de Kurt Russell, outra figura respeitada que refaz sua carreira agora maduro. A outra mulher também é bem representada pela jovem latina de Chicago, Gina Rodriguez). É preciso ficar atento para se reconhecer o jovem galã teen Dylan O´Brien que hoje é idolatrado pelas fãs, mas que sofreu lamentável sofreu acidente grave ao rodar Maze Runner (a tal ponto que o filme foi suspenso e até agora não se tem uma informação muito claro sobre seu estado).

Num gênero difícil de acertar, este é um filme que me tocou e impressionou muito.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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