RESENHA CRTICA: A Autpsia (The Autopsy of Jane Doe)

O fato de ser rpido e direto, de criar certo clima e at assustar bastante tornam o filme aceitvel. Se voc tiver estmago

02/05/2017 23:49 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe)

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A Autópsia Cartaz (Poster)

A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe)

EUA, 16. 86 min. Direção de Andre Ovedral. Com Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond, Michael McElhatton, Olwen Catherine Kelly, Gene Perry, Parker Sawyers.

Terror inglês dirigido por um norueguês Andre Overdal que resolveu abordar o gênero quando assistiu Invocação do Mal (13). Ele fez alguns filmes (Future Murder, 2000, alguns curtas, mas o único que foi exportado se chama O Caçador de Troll, 10). A maior atração do filme é a presença de dois bons atores, o ainda jovem Emile Hirch (que depois de ter estrelado muito bem Na Natureza Selvagem/Into the Wild, 07), mas que se perdeu com problemas de drogas. O outro grande ator é o britânico Brian Cox, da serie Bourne, premiado com o Emmy por Nuremberg, excelente num filme pouco conhecido chamado L.I.E. (01).

É bom para o espectador brasileiro saber o que é Jane Doe (no titulo original) que seria o nome dado a pessoas desconhecidas perdidas ou envolvidas em crime, algo como Zé Ninguém, ou coisa que o valha. O filme começa de forma até delicada, mostrando uma casa de classe média do interior americano, com a policial fotografando o lugar de um crime, com a casa ensanguentada. Mas provoca mais surpresa quando aparece num buraco na terra (não se explica porque dessa forma) o corpo de uma bela jovem nua (lembra um pouco Angelina Jolie), que levará o apelido. Os dois médicos que estão investigando o caso são justamente a dupla central do filme, o velho e o jovem. Afinal de contas pai e filho (eles fazem referencia logo ao filme Notebook!). E um susto simplesinho, mas que espanta...

Logo o velho pai atende pedido da namorada do filho que tem curiosidade de ver algum corpo de falecido. Não chegam a descobrir um corpo porque logo chega o policial que pede urgência na autopsia de Jane Doe. O velho descreve tudo num gravador para tornar a situação mais clara e didática. E estranha a partir de seus olhos azulados... Suponho quem assistiu as séries de TV do gênero não terá nada de muito novo. Afinal, tudo aqui é situado num único set (onde se faz o exame), mas o difícil de suportar são os detalhes com que acompanhamos o exame clinico só para quem tem estômago forte e suporta detalhes (ao mesmo tempo o rádio vai enlouquecendo com canções e anúncios de tempestade)...

Por volta dos cinquenta minutos (uma das coisas boas de filmes de terror é que são curtos) a dupla de pai e filho chegam a conclusão que a falecida é a culpada pelas explosões e loucuras que vão acontecendo... Ocorrem mortos, delírios, incêndios, explosões todos causados pelo que é fácil de prever. Mas o fato de ser rápido e direto, de criar certo clima e até assustar bastante (menos pelos truques da trama do que pelo horror de se ver corpos serem manipulados) tornam o filme aceitável. Se você tiver estômago. Eu lamento o desperdício da boa dupla que parece evidente, estão em fase ruim de vida e de grana.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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