Especial Halloween - Festival Cinemark

Aproveitando a data especial o Cinemark promove um festival com quatro filmes de terror com a habitual qualidade de imagem

25/10/2017 10:50 Por Rubens Ewald Filho
Especial Halloween - Festival Cinemark

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Dia 28

O Exorcista (The Exorcist)
EUA, 1973. 122 min. Diretor: William Friedkin. Elenco: Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Lee J. Cobb, Kitty Winn, Jack MacGowran, Jason Miller, Linda Blair.
Sinopse: Padre é convocado para fazer exorcismo no corpo de uma adolescente, filha de uma estrela de cinema, que foi tomada pelo diabo.

Fez incrível sucesso e provocou inúmeras imitações este terror que na época foi responsável por desmaios e gritos, ainda que para brasileiro acostumado com rituais de umbanda ou candomblé impressione menos. Em parte pelo exagero de certos efeitos especiais (difícil levar a sério a menina vomitando verde) e pelo fato da voz do diabo ser dublada (pela veterana atriz Mercedes McCambridge). Escrito originalmente para Shirley MacLaine (que inspirou a protagonista) teve duas continuações mais fracas. Premiado com Oscar de roteiro e som. Em 2001 saiu a nova edição chamada de “A Versão que Você Nunca Viu” (The Exorcist: The Version you ´ve Never Seen) que havia feito sucesso nos cinemas americanos (aqui foi menos). Basicamente é uma “director´s cut”, uma edição mais longa do filme recolocando cenas que haviam sido cortadas num total de 11 minutos.

 

Dia 29

Dracula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula)
EUA, 1992. 127 min. Diretor: Francis Ford Coppola. Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Sadie Frost, Richard E. Grant, Cary Elwes, Bill Campbell, Sadie Frost, Monica Bellucci, Tom Waits.
Sinopse: Versão fiel do livro de 1897, que conta a Lenda do conde Drácula, guerreiro romeno que vem para a Londres vitoriana e encontra uma moça que acredita ser a reencarnação de sua mulher amada.

Filme premiado com Oscar de maquiagem, efeitos sonoros e figurino. Também foi indicado como direção de arte. Foi uma ambiciosa produção em que Coppola pretendeu fazer a versão definitiva e fiel do livro de Bram Stoker. Teve excelente produção e fugiu dos efeitos modernosos. Mas foi derrubado pelo elenco irregular, onde a canastrice de Keanu e Winona (o diretor já se desculpou por ter errado em ter escalado Keanu porque precisava de um jovem ator famoso para atrair as jovens). Ele prejudica a competência de Hopkins e mesmo Oldman, um ator subestimado que faz um Drácula menos sedutor do que outras encarnações recentes. Michael Apted assina como co-produtor porque ele iria originalmente fazer com esta ideia apenas um telefilme já com Winona (foi ela quem deu o roteiro para Coppola). O sucesso do filme foi o suficiente para salvar a produtora Zoetrope de Coppola que estava à beira da falência. A figurinista Eiko Ishioka é japonesa e por isso o filme tem um tom meio oriental parecendo figuras de Kabuki. Foi o primeiro filme grande americano a ser totalmente editado de forma não linear (ou seja, digitalmente). O título é assim porque a Universal é dona do nome Drácula. Grandiloquente, gótico, operístico, um exercício em excessos, o filme tem seus momentos e admiradores. Até porque é raro um diretor famoso fazer um filme de gênero, terror

 

Dia 30

O Iluminado (The Shining)
EUA, Inglaterra, 1980. 144 min. Diretor: Stanley Kubrick. Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Anne Jackson.
Sinopse: Casal com filho pequeno vai trabalhar como caseiro de um grande hotel que fica vazio durante o inverno. Mas ele parece ser habitado por fantasmas e pai da família vai enlouquecendo aos poucos.

Lançado no formato em tela cheia (standard) conforme Kubrick pretendia, o filme é considerado por muita gente, um dos mais assustadores de todos os tempos e foi o maior sucesso de bilheteria de sua carreira. A edição original em DVD tinha 140 minutos e repunha a sequência da entrevista com a psiquiatra Anne Jackson que ele havia cortado nos cinemas. Mas a remasterizada tem apenas 120 minutos incluindo os letreiros, portanto tem cenas a menos. Inspirado em livro de Stephen King (que desaprova esta versão de tal forma que liberou uma refilmagem para TV em 1997, obviamente inferior). Jack Nicholson faz todas as caretas e exageros típicos dele como o herói (frase famosa: “Here´s Johnny”), mas quem decepciona é Shelley (que no documentário, admite não ter se dado bem com Kubrick. Hoje ela vive escondido com problemas mentais!). Um clima misterioso, a fotografia inovadora, a direção de arte impecável e a famosa sequência do sangue saindo do elevador tornaram o filme um sucesso.

Dia 31

Sexta-Feira 13 (Friday The 13th)
EUA, 1980. Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Harry Crosby, Laurie Bartram, Jeannine Taylor, Kevin Bacon, Mark Nelson, Robbi Morgan, Peter Brouwer.
Sinopse: O Campo Crystal Lake é reativado depois de vários anos e logo os funcionários do lugar começam a ser assassinados de maneira brutal.

Comentários: Este foi o filme que abriu caminho para a onda de “slasher films” que pipocaram de todos os lados nos anos 80, utilizando como influência direta fitas como Psicose, de Hitchcock, Halloween, de John Carpenter e Banho de Sangue, de Mario Bava. Foi o grande momento de Sean S. Cunningham, que antes havia trabalhado como produtor de Aniversário Macabro, de Wes Craven, e que aqui resolveu contar a história de um acampamento de férias onde adolescentes “no cio” são assassinados brutalmente. A identidade do criminoso só é revelada ao final, mas podemos contar que o famoso Jason Vorhees só irá aparecer realmente na segunda parte (e ainda sem sua marca registrada, a máscara de hóquei). Hoje o filme não impressiona já que a fórmula básica virou rotina. Vale mais pelo sabor histórico. Traz participação de um jovem Kevin Bacon, em um dos primeiros papéis de sua carreira.

Quem teve a ideia de comercializar a Sexta 13 foi um sujeito chamado Sean S. Cunningham (1941-), diretor americano, responsável pelo enorme sucesso do primeiro Sexta-Feira 13, mas não se envolveu com as continuações. Ou seja, inventou mas não soube usufruir. O original custou 500 mil dólares, rendeu mais de 70 milhões e virou fórmula para dezenas de imitações. Seus outros filmes não tiveram repercussão.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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