NOS CINEMAS: MISSAO: IMPOSSIVEL - O ACERTO FINAL E KARATE KID: LENDAS
Saiba tudo sobre estes filmes em breve em cartaz nos cinamas


MISSAO: IMPOSSIVEL - O ACERTO FINAL
Está em pré-estreia nos cinemas brasileiros, e em Catanduva também, o último capítulo da cinessérie ‘Missão: Impossível’, a eletrizante franquia de oito filmes com Tom Cruise inspirada no seriado homônimo dos anos 60 e 70, escrito por Bruce Geller. De 1996 a agora, foram oito filmes, quase todos sucesso de bilheteria e de crítica. ‘Missão: Impossível - O acerto final’, que estreia oficialmente nesta quinta-feira, dia 22, é a segunda parte do capítulo anterior, ‘Missão: Impossível - O acerto de contas – Parte 1’ (2023), que trazia o agente especial Ethan Hunt (Tom Cruise) e os membros da Força Missão Impossível (IMF) numa missão ultrassecreta e arriscada, de localizar uma chave disputada por grupos inimigos capaz de ativar uma arma desconhecida,
poderosíssima, que destruiria a humanidade. No filme anterior, havia poucas informações sobre essa chave e o que ela desativaria. Sabíamos que nesse capítulo seguinte as coisas seriam explicadas. E são - mas prestem atenção, pois são muitos nomes, detalhes, termos científicos do mundo da tecnologia e personagens de sobra. O agente Ethan Hunt e o IMF terão, agora, 72 horas para encerrar o plano aprovado pelo chefe deles, Sr. Kittridge. Com as duas partes da chave secreta em mão, Ethan Hunt terá de submergir a um submarino naufragado meses antes; num dos compartimentos do submarino está o código-fonte da ‘Entidade’, uma inteligência artificial que hackea sistemas do mundo todo, capaz de cometer ciberterrorismo contra os países detentores de ogivas nucleares, ou seja, poderia startar uma nova Guerra Mundial, mais perigosa e letal. Ao localizar o código-fonte chamado ‘Podkova’, o objetivo é inserir nele um pendrive com algoritmos danificados/infectados, para destruir essa inteligência artificial que adquiriu vida própria. Parece confuso, mas aos poucos o filme vai clareando, depois de muitos diálogos iniciais e explicações que remetem a outros filmes da franquia – saudosistas irão adorar ver trechos dos outros ‘MI’. As cenas de ação dão conta do recado, empolgam e justificam os 169 minutos de duração. É o mais longo e o mais caro da franquia – aliás, já é o filme mais caro da História, orçado em US$ 400 milhões. Espero que faça jus, pois é um baita filme, muito bem feito, com menos humor e menos ação, e mais drama, que põe fim à franquia. Teve a première mundial na semana passada no Festival de Cannes, onde recebeu calorosos aplausos. Duas cenas já entram para o rol das grandes sequências de adrenalina do cinema – a do submarino no Mar de Bering, sensacional e angustiante, com Tom Cruise preso nos mísseis em busca do Podkova, e uma de 15 minutos ininterruptos de caçada no ar entre dois bimotores, com Cruise e o vilão que já aparecia no anterior, Gabriel (Esai Morales), que não quer desativar a Entidade. As cenas no gelo com iglus em Svalbardn, numa Noruega a -40 graus, tem uma fotografia impressionante. Um filme sério, com desfecho que emociona, que trata de temas sérios como a nova geopolítica e a guerra informacional e de hackeamento de dados que se alastra pelo mundo. Há novos personagens, como Angela Bassett interpretando a presidenta norte-americana – ela já fez outros filmes e séries como a chefe do Executivo, há revelações e o retorno de personagens como Ving Rhames, Simon Pegg, Henry Czerny, Hayley Atwell e Pom Klementieff. Para ver no cinema. Não perca, pois é um dos grandes filmes do ano.
KARATÊ KID: LENDAS
O universo dos filmes de ‘Karatê Kid’ dos anos 80 se junta ao do seriado spin-off da Netflix ‘Cobra Kai’ nesse novo filme, empolgante e nostálgico. Ele decorre 15 anos depois da nova versão de ‘Karatê Kid’ (2010) com Jackie Chan, que dava um recomeço para a franquia esquecida. Ao lado de Jackie Chan temos Ralph Macchio, aos 63 anos, em plena forma – ele, porém, aparece nos quarenta minutos finais, um pouco apagado. Em ‘Karatê Kid: Lendas’, um garoto promissor nas lutas marciais, de origem chinesa, Li Fong (Ben Wang), quer a todo custo participar de um torneio de karatê em Nova York. Na juventude, em Pequim, ele foi treinado pelo mestre Han (Jackie Chan), hoje aposentado. Para vencer a competição, logo após se mudar com a mãe para Nova York, pede ajuda ao velho treinador, e quem aparece junto é Daniel LaRusso (Ralph Macchio), proprietário de um dojo, uma academia de lutas marciais. Han e Daniel San irão auxiliar Li nos incansáveis treinos. Li também irá se apaixonar por uma menina que trabalha como atendente na pizzaria da família, Mia (Sadie Stanley), e descobre que um dos rivais dos palcos de luta será Connor (Aramis Knight), um valentão que o agrediu na escola uma vez.
É divertido, tem bons momentos de luta e agrada os fãs da franquia, reunindo velhos personagens. Ator mirim do início dos anos 90, Joshua Jackson, de ‘Nós somos os campeões’ (1992) e depois rosto conhecido em filmes de terror teen como ‘Lenda urbana’ (1998), além de ser um dos personagens centrais da série de sucesso Dawson's Creek, interpreta o pai de Mia, um papel super legal, de destaque. E no epílogo tem-se a grata surpresa, mas bem rápida, de vermos uma figura importante tanto dos antigos ‘Karate Kid’ quanto de ‘Cobra Kai’. E vale um destaque – logo na abertura há cenas dos antigos filmes, com Ralph Macchio jovem, recapitulando os acontecimentos do passado, e uma homenagem a Pat Morita (1932-2005), o eterno Sr. Miyagi. É uma boa sessão da tarde, que vale conferir sem compromisso.


Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com

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