RESENHA CRTICA: Todos os Dias (Everyday)

Filmes experimental do diretor Michael Winterbottom uma uma experincia que no funcionou

21/07/2014 14:39 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Todos os Dias (Everyday)

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Todos os Dias (Everyday)

Inglaterra, 12. 106 min. Direção de Michael Winterbottom. Com Shirley Henderson, John Simm, Shaun, Robert, Stephanie, Katrina Kirk.

 

Faz tempo que não tem maior impacto os filmes experimentais do diretor Michael Winterbottom (sexo explicito em Nove Canções, câmera múltipla durante todo o filme em Código 46) de tal forma que quando retorna a narrativa tradicional tem funcionado melhor (como em A Festa Nunca Termina). Este aqui fica na faixa mediana. Foi feito originalmente para a teve Channel 4 (que depois o distribuiu nos cinemas mas seu único premio foi indicação ao BAFTA TV como programa de uma única câmera). A ideia pode ser curiosa, mas a realização é muito fraca.

Mostra o relacionamento de um sujeito preso por tráfico de drogas com a esposa e os quatro filhos que sobrevivem sem ele.  A diferença é que as cenas são rodadas durante cinco anos, algumas semanas por vez. Realizado da forma tradicional, com câmera na mão, poucos diálogos audíveis ou importantes, talvez funcionasse melhor se tivesse usado amadores ou pessoas menos fotogênicas. A esposa é uma velha conhecida coadjuvante Shirley Henderson e o prisioneiro é outro ator pouco famoso John Simm. Mas ambos são banais demais para interessar e pouco sucede de interessante nem mesmo na prisão, onde não há um único incidente digno do nome. Nem brigas, nem conflitos, nem cara de bandido! Tudo fica no banal, ate porque as crianças são bonitas e simpáticas. E não se fica sabendo de nada importante que veja modificar a situação (nem mesmo o fato de que a esposa tem um flerte com outro cara). A paisagem de praias desertas, colinas verdes, tudo idílico não ajuda em nada o possível interesse. Teria sido melhor ter escolhido um caso mais grave ou ter aprofundado os relacionamentos. Aqui a busca do poético acabou por anular uma experiência que não funcionou.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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