Em DVD: Encontro Marcado (5 to 7)
Leve e romântico, não parece ter feito o sucesso (pequeno ao menos) que merecia
Encontro Marcado (5 to 7)
EUA, 14. Direção e roteiro de Victor Levin. Com Anton Yelchin, Berenice Marlohe, Olivia Thirlby, Eric Stoltz, Glenn Close, Frank Langella, Lambert Wilson, Julian Bond. Califórnia Filmes.
Este aqui saiu em DVD sem que eu tomasse conhecimento. Felizmente o descobri na Internet, onde apreciei seu bom gosto, romantismo e a visão deliciosa de uma Nova York chique e elegante (não é a toa que passou no Festival de Tribecca). Foi escrito e dirigido por Levin, que é um veterano produtor, diretor e roteirista de séries de TV entre elas Mad Men, Mad About You e Dream On. É uma quase comédia romântica, melhor dizendo um romance entre um rapaz judeu de 24 anos aspirante a escritor (o russo Anton Yelchin) que se encanta por uma jovem exótica francesa (na verdade, Berenice é francesa de pais chinês e foi revelada antes com uma das vilãs de 007 contra Skyfall,onde aparecia muito maquiada mas de forma marcante. Aqui esta com um eterno sorriso que emoldura melhor sua beleza e charme. Ainda que não escondam as pernas tortas que a fazem caminhar de maneira esquisita. Ainda assim é um prazer descobrir uma figura tão encantadora no que é basicamente uma história de conflito entre duas maneiras de viver, a novaiorquina e a francesa.
Sendo que Nova York é mostrado aqui através dos hotéis e bares célebres, mas principalmente por bancos do Central Park que tem placas românticas memoráveis. Com bela foto e musica adequada, o filme mostra como esse rapaz de 24 anos seduz uma mulher francesa 9 anos mais velha que ele e casada com um diplomata (Lambert Wilson) com duas filhas e que só pode se encontrar com o rapaz das cinco as sete da tarde. Não demora porém que o marido descubra e aprove o romance enquanto os pais do rapaz (feitos pelos celebres Frank Langella e Glenn Close) custam mais tempo para entender o modo Francês de viver e amar. Basicamente é esse o conflito leve e romântico do filme, que não parece ter feito o sucesso (pequeno ao menos) que merecia. Mas como há muita gente que aprecia o gênero, é que faço esta resenha.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.