RESENHA CRTICA: Sing - Quem Canta Seus Males Espanta (Sing)
O filme tem uma narrativa rpida, com um grande numero de animais de origens diferentes, mas ser que as crianas tero pacincia de acompanhar um show to longo?
Sing - Quem Canta Seus Males Espanta (Sing)
EUA, 16. 108 min. Direção de Christopher Louderlet, Garth Jennings. Dubladores na versão brasileira: Sandy, Wanessa, Fiuk, Marcelo Serrado e Mariana Ximenes.Versão original com Matthew MacConaughey, Reese Witherspoon.,Seth MacFarlane, Scarlett Johansson, John C. Reilly, Taron Egerton, Jennifer Hudson, Jennifer Saunders.
Indicado para o Globo de Ouro de animação e Canção (Faith), mas rejeitado pelos outros prêmios, esta é uma produção da mesma equipe que fez os Minions, a Illumination Entertainment (que também produziu Pets este ano que foi ainda mais esquecido!). Com 1h48 de projeção padece do mal costumeiro dos desenhos, simplesmente são longos demais já que são endereçados a crianças. São mais de 85 canções pop (o que deve ter custado uma fortuna para comprar direitos autorais! De 1940 para cá). E confirma a moda dos animais antropoformáticos (Kung Fu Panda 3, Angry Birds, Zootopia que de longe é o melhor). O diretor Garth Jennings é britânico e realizou antes filmes com atores, como o divertido O Guia dos Mochileiros da Galáxia (05), O Filho de Ranbow (07).
Basicamente se conta a história de um koala chamado Buster Moon que é um empresário de shows musicais que ainda é dono de um grande teatro (ou casa de shows) mas que atravessa dificuldades por falta de dinheiro. Seu plano é abrir um concurso para amadores pagando um prêmio pequeno, mas uma confusão na impressão do panfleto faz que o lugar seja inundado por um bando de animais de raças diferentes, muitos deles revelando inesperado talento com vozes. Dos lugares mais estranhos surgem aspirantes a cantores alguns com vozes poderosas no que poderia ser uma sátira aos shows de televisão que descobrem talento (aqui é um pouco frustrante porque não chega a concretizar o fato, na verdade o teatro é destruído duas vezes e o concurso fica meio inacabado). Ainda assim o filme tem uma narrativa rápida, com um grande numero de animais de origens diferentes (por exemplo, o chato Seth McFarlane dá uma de Sinatra, há uma antiga Diva da música, uma elefanta tímida e os orangotangos de vilões. Não seria isso meio racista, reclamaram alguns críticos?).
Não sei se crianças terão paciência de acompanhar um show tão longo (e fora Parabéns a Você) não acredito que conheçam o repertório. Estreando simultaneamente com os EUA, acaba sendo descartável.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.