RESENHA CRTICA: Sing Street: Msica e Sonho (Sing Street)

Bom de ver e recordar com carinho o momento musical da poca. Lanado aqui apenas em streaming por enquanto

04/02/2017 21:37 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Sing Street: Música e Sonho (Sing Street)

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Sing Street – Música e Sonho (Sing Street)

Irlanda, 16. Direção e roteiro de John Carney. Com Ferdia Walsh-Peelo, Aidan Gillen, Maria Dolley Kennedy, Jack Reynor, Kelly Thorton, Ian Kenny, Ben Carolan.

Há alguns anos atrás, o irlandês John Carney fez inesperado sucesso com um discreto musical que compôs e escreveu  chamado Apenas uma Vez (Once, 07) sobre um casal de músicos independentes que tocam nas ruas de Dublin, que acabou levando um Oscar de canção e foi transposto com êxito para a Broadway (entre outros méritos até ganhou o Independent Spirit Award). Depois continuou criando outro filme musical que não estourou mas foi muito respeitado pela critica. Na verdade, eu sou fã desse filme chamado Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again, 13, com Keira Knightley, Mark Ruffalo, Adam Levine, James Corden). Aliás, se não viram nenhum dos dois, eu recomendo com entusiasmo.

Carney volta ao estilo original com este Sing Street, com poucos atores profissionais e vários novatos, mostrando agora com a espontaneidade de costume, a dificuldade de um grupo de adolescentes crescendo em Dublin, durante a década de 1980, e a vontade de criarem uma banda quando esta surgindo o conceito de music videos, em meio a conflitos com professores e bullies. Na verdade, o filme não se importa tanto com esses grosseiros, mas se fixa mais na figura do rapazinho Connor, simpático, e bonitinho e imensamente apaixonado por uma garota mais velha e mais esperta (Kelly Thorton).

Realizado com humor, carinho, paciência e muito encanto (as canções não atrapalham) foi indicado ao Globo de Ouro de musical e o Critic´s Choice de canção, com Drive like you Stole it. Bom de ver e recordar com carinho o momento musical da época.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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