Debbie Reynolds, a Lenda
A atriz faleceu um dia depois da morte se sua filha, Carrie Fisher
Acompanhando a tragédia da morte prematura de Carrie Fisher, como bom fã, eu tentava entender o bastidor. Preocupava-me a reação da mãe dela Debbie Reynolds, que há mais de dois anos se afastou da carreira para cuidar da saúde (a família nunca deixou claro qual era o problema, mas Carrie no último livro que escreveu disse que ela estava finalmente melhor!).
Enfim. O americano tem uma expressão incrível e que por sinal já serviu de título de filme com Shirley MacLaine, What a Way to Go! (literalmente Que Maneira de se Partir!). Se é verdade que as duas, mãe e filha por vezes brigaram, tiveram problemas. Também eram extremamente unidas e com muito orgulho em cada show que fazia ou entrevista que dava na YV, Debbie sempre dizia para a plateia: “Eu sou a mãe da princesa Leia!” (o que sem dúvida lhe prolongou a carreira). Nada mais triste mas também compreensível que as duas tenham partido quase ao mesmo tempo. Uma situação me parece inédita ao menos em casos não violentos, mas ao contrário. Uma tocante ligação de amor. A mãe que não quer ficar sozinha sem a única filha, que já cumpriu sua missão e prefere partir para cuidar da cria sempre rebelde. É uma história que só em Hollywood poderia acontecer. Elas saem da vida real para mergulharem na lenda.
Debbie, a “Inafundável”
Tradicionalmente as ingênuas tem carreira curta no cinema, sobrevivem enquanto forem jovens e bonitinhas, depois desaparecem. Mas não quando se trata de Debbie Reynolds, que continua estrela até o fim numa mistura de garra, força de vontade e talento. E também um pouco de sorte. Quando tinha apenas 18 anos Debbie conseguiu vender um milhão de cópias de um disco 78 com a canção Aba Baba Honeymoon do filme Quando o Coração Canta (Two Weeks with Love). Todos acharam que foi um acidente mas ela repetiria a façanha novamente em 1957, com seu maior sucesso, Tammy, uma canção de Ray Evans e Jay Livingston que foi indicada ao Oscar e o tema central do filme A Flor do Pântano (Tammy and the Bachelor). Tammy foi produzido por Ross Hunter, que depois ficaria famoso pelos melodramas de Lana Turner e comédias de Doris Day. Era história de uma garota simplória que vivia numa casa-barco no Rio Mississipi junto como avô Walter Brennan. Quando ele é preso por fabricar uísque ilegal, Tammy vai procurar a família de um rapaz rico que eles salvaram de um acidente. É difícil reconhecer mas este galã narigudo e apático mais tarde se tornaria um famoso comediante na série Corra que a Policia vem Aí. Sim, é ele mesmo, Leslie Nielsen em começo de carreira. A fita é uma comédia de costumes feita em cima do conflito entre os nobres decadentes e a jovem simplória, ajuda por um elenco de bons coadjuvantes que incluem Fay Wray, aquela do King Kong original como a mãe de Leslie, Mala Powers que chegou a ser estrela como a rival de Tammy e naturalmente a canção tema que se tornou clássica. O sucesso do filme e do personagem fez com que houvesse duas continuações só que estreladas por Sandra Dee e mais tarde uma série de TV. Debbie voltaria a estrelar no mesmo estúdio a Universal, Tudo pelo teu Amor (This Happy Feeling), onde faz uma jovem secretária que se apaixona por um veterano ator, o alemão Curt Jurgens, para desespero do namoradinho, o jovem John Saxon e também da mulher madura que gosta do ator, Alexis Smith, que havia sido estrela nos anos quarenta estúdios da Warner. Para Debbie o resto da carreira nunca seria fácil. Teve a sorte de ter uma filha atriz que estrelou um dos filmes mais famosos de todos os tempos, Carrie Fisher, que foi a Princesa Leia da série Guerra nas Estrelas e depois uma roteirista famosa. Mas passando por tempos difíceis fez um pouco de tudo, incluindo vídeos de ginástica para pessoas de meia-idade , com a participação de alguns amigos, trabalhando em séries de TV como Roseanne, Will e Grace (era a mãe dela). E se apresentando em shows principalmente em Las Vegas. Debbie já brincava dizendo: “Tenho certeza que quando eu morrer, vão mandar me empalhar e colocar num museu. Aí quando colocarem uma moedinha eu novamente canto Tammy...”.
A Cruz das Ingênuas
Nunca entendi porque a critica, e por vezes o próprio público confunde personagem com o ator. Até hoje mesmo em novelas é muito comum o ator ser chamado pelo público pelo nome do personagem. E o sistema de colocar as identificações todas rápidas e sem foto em nada ajuda, antigamente com frequência os trailers identificavam os nomes e hoje somos obrigados a recorrer às revistas de fãs ou fofocas, para reconhecê-los. Tem uma hora que todos ficam com a mesma cara, em particular as meninas, e quando uma delas consegue ter um tipo mais marcante (como Juliana Paes) é um milagre. Por causa disso não se criam estrelas e hoje ainda os verdadeiros astros da TV estão com 60 anos, velhos demais para serem galãs. Mas aonde estão os de 40 para substituí-los, tanto homens quanto mulheres?
Bom, não é problema nosso. Vim falar de cinema e louvar os coitados que tem a infelicidade de fazer papeis de ingênuos, mocinhos e mocinhas, heroínas e galãs. Todo mundo do meio sabe que nada melhor do que ser vilão. São personagens mais ricos, mais cheio de nuances e altos e baixos, e muito mais difíceis de esquecer do que alguém que esta ali porque é bonitinho(a). São tantos os nomes que se tornaram inesquecíveis como vilões (Vincent Price, Boris Karloff, Bela Lugosi, Christopher Walken) ou mulher fatal (Marlene Dietrich, Hedy Lamarr, Bette Davis, Joan Crawford). E todos com maior longevidade de carreira.
O que você pode fazer com uma ingênua quando ela envelhece? No máximo fazer papel de mãe ou tia ou futuramente de avó. Outra chatice total. Que pode render surpresas (como a ingênua Shirley Jones que levou um Oscar injusto por Entre Deus e o Pecado só porque fez papel de prostituta!). Ou aposentadoria precoce.
Sempre tive um fraco, porém pelas “girls next door” fruto sem dúvida da minha juventude reprimida. Atrizes como Sandra Dee, Piper Laurie, Pat Crowley, Jane Powell, Diane Baker, a atlética Esther Williams (com quem me identificava porque era também nadador), Terry Moore, Natalie Wood, Pier Angeli (ainda que algumas como esta tivessem “o diabo no corpo” como se dizia antigamente). E todas tiveram esse problema, não conseguiram se livrar do tipo e tiveram que recorrer a outras saídas. Sandra Dee se aposentou, se tornou alcoólatra e destruiu sua vida traumatizada por ter sido violentada quando criança pela padrasto. Diane foi para a TV, Esther vendeu piscinas, Piper casou com critico e foi procurar papeis bons em teleteatros.
Mas nenhuma delas resiste a tanto tempo quando minha favorita que foi e continua a ser por fidelidade Debbie Reynolds. Não pensem que ela deve tudo a Cantando na Chuva porque esse filme só foi reconhecido e descoberto décadas depois de ter sido lançado, antes era apenas mais um musical da Metro e pronto. Debbie não era dançarina, nem cantora. Mera ginasta. Mas começou com 17 anos, passou a estudar e aprender. Tinha uma notável energia e concentração que se tornaram sua marca registrada. Essa personalidade que com o tempo floresceria em um incrível senso de humor e auto-critica, seria a base para transmitir na tela a irresistível graça de Tammy, a Flor do Pântano. Mas seu maior êxito foi na vida real, quando enfrentou um marido (Eddie Fisher) que a deixou por Elizabeth Taylor com dois filhos pequenos. Depois dois outros maridos que roubaram tudo que ela tinha e fizeram falir inclusive um cassino coisa que nunca vi antes na vida!
Mas Debbie não desistiu e se tornou realmente Inafundável (Unsinkable) como o personagem que ela fez Molly Brown, que escapou do naufrágio do Titanic no filme A Indomável Molly (64) que lhe deu sua única indicação ao Oscar.
Se gostava dela criança é porque suspeitava que ela tinha dentro de si essa força de vida que me serviu de lição também na minha própria experiência. Como ela, há poucos anos fui roubado por um parente que fugiu com meu dinheiro e causou uma crise em família. Que praticamente acabou. Não a crise, a família! Seguido por outra amiga que também fez parecido, usando trapaça para pagar as contas dela. Processar não daria resultado. Fiz como Debbie, enfrentei a situação, estou dando ainda a volta por cima (mais difícil psicologicamente que na grana). Debbie trabalhou sempre (fez até pouco o filme do Liberace para a HBO com Michael Douglas onde era a mãe dele), tinha um estúdio de ensaios e fez shows para se sustentar. Vai morrer em cena sempre gosta de dizer. Como eu também gostaria que fosse comigo.
Debbie e sua Coleção de Hollywood
Eu estava em Curitiba e na hora de deixar o hotel cismei de ligar a televisão, coisa que nunca faço e por acaso estava na GNT no começo de um programa que me interessou: Oprah Wimphrey entrevistando Carrie Fisher e sua mãe Debbie Reynolds. Sentei e fiquei até o fim, surpresa em ver as duas mais gordinhas (para quem acompanha Debbie como eu, é curioso ver como ela tem duas ou três roupas as entrevistas que se sucedem e muitas vezes utiliza uma echarpe no pescoço, para encobrir marcas, já que é um lugar difícil de se operar). Enfim, ela estava muito bem para os quase oitenta anos (a entrevista foi feita antes da morte de Elizabeth Taylor então não vi menção dela) e a conversa teve algumas surpresas. Pela primeira vez a vi confessar que sua mãe era uma mulher fria e distante, que parecia ter ciúmes do sucesso dela e que durante criança apanhou muito e foi muito castigada, até mesmo com ameaças de morte (Oprah que passou muito por isso usou a palavra “abuse”, mas não no sentido sexual). Carrie acha que essa é a razão porque nem sempre foi uma mãe atenta.
Mas só num primeiro momento quando tinha que sustentar a casa e família. Não sei se sabem, mas Debbie durante a vida faliu algumas vezes. Na primeira, descobriu que o marido que se dizia milionário, Harry Karl, além de infiel era viciado em jogo e perdeu tudo dele e dela, de forma que ficaram na miséria. Foi por isso que passou a viajar pelos Estados Unidos com um show para conseguir dinheiro (perdeu nisso muitos milhões que havia guardado por sua carreira no cinema). Carrie era sua confidente nessa época, mas ainda adolescente com 19 anos, se tornou estrela como a princesa Lea de Star Wars. O sucesso a acabou levando para o vicio das drogas, que reportou em livro e filme (Lembranças de Hollywood onde ela foi vivida por Meryl Streep e Debbie por Shirley MacLaine). Só que o problema não era só esse, descobriu que ela tinha uma doença, uma condição que na época se chamava Maníaco Depressivo, hoje Bi Polar. Sem cura mas que pode ser controlada com Litium, dependendo de cada caso. No programa, Carrie admitiu que tomava eletro choques que ajudam muito a confusão mental (Oprah perguntou ser era tipo Um Estranho no Ninho mas parece que a técnica hoje é mais moderna e não dolorosa). Debbie admitiu que sua maior dor é essa preocupação com a filha, especialmente quando não estiver mais aqui.
E os olhos ficaram cheios de lágrimas. Daquelas coisas de show business onde as pessoas costumam lavar a roupa suja em publico e a dor vira espetáculo, tudo fazendo parte do mesmo show.
Enfim, ao final as duas cantaram juntas pela primeira vez em público (Carrie tem boa voz mas não queria concorrer com os pais cantores, ele o já falecido Eddie Fisher). Desde 1968, quando a Metro faliu Debbie começou a comprar material que ela estava vendendo e passou a colecionar figurinos antigos com a intenção de criar um Museu de Hollywood. Lutou de tudo que é jeito para isso e por uns tempos sua coleção, considerada a melhor do mundo, ficou exposta num hotel em Las Vegas (aonde cheguei a vê-la). Mesmo com a incrível valorização da nostalgia não conseguiu montar esse Museu nem em Hollywood (e olha que Los Angeles é carente de atrações turísticas). Finalmente se cansou e realizou um leilão de tudo que lhe pertencia: a explicação: cansou e precisa do dinheiro para sua velhice, quando não puder mais viajar e fazer shows. Um exemplo do que vai ser vendido: o vestido branco original de Marilyn Monroe em O Pecado Mora ao Lado. Custo avaliado: 2 milhões de dólares! É uma quantidade enorme de coisas e para comprar basta fazer suas ofertas.
Dito e feito. Vocês ainda encontram vestígios do grande leilão na Internet. E das ultimas homenagens, o SAG, sindicato dos atores que a consagrou aliás junto com a filha (Debbie visivelmente já não estava bem). E depois a própria Academia que lhe deu um Oscar honorário (novamente estava doente não deram explicação do que!) onde não pode estar presente. Agora no ultimo livro de Carrie que por sinal terminei de ler semana passada, a autora diz que ela tinha melhorado. Talvez porque a dupla assinou um contrato para fazer um documentário para a HBO sobre a vida delas.
Até Breve Debbie Reynolds
Mary Frances Reynolds completava seu aniversário num dia 1 de abril, que os americanos consideram o dia dos tolos (April fools Day!). 84 anos, ainda trabalhando, ainda a mais famosa das estrelas de musicais da antiga MGM. Talvez por ter sido a mais jovem delas e por definição uma sobrevivente. Nem sempre acerta. Um filme recente dela Como Agarrar meu Ex-Namorado foi uma comédia desastrosa onde ela faz todas as caretas possíveis. Culpa dela? Em parte: mas principalmente da diretora que não soube controlá-la, deixou cair na caricatura, que é o desespero de todo ator que não tem um personagem decente.
Nascida Mary Frances Reynolds em El Paso, Texas, de uma família muito pobre e conservadora, justamente no Dia dos Tolos, 1 de abril (nos EUA mais do que aqui é quando se aplicam peças e brincadeiras nas pessoas ainda mais do que aqui). Eles procuraram melhor vida e se mudaram para Los Angeles na California, onde estudou no segundo grau e treinou como ginasta. Foi aos 16 anos fazendo um número justamente de ginasta que ela ganhou o titulo de Miss Burbank (um município da grande Los Angeles) e foi descoberta pela Warner Bros. Que não sabia muito bem o que fazer com ela. Estreou numa ponta (alias difícil de ver) numa comédia de Bette Davis mas depois fez uma adorável adolescente num musical de June Haver (Vocação Proibida). Foi em variantes desse mesmo personagem que eu a vi pela primeira vez em Quando Canta o Coração, aquele da canção “Habba Daba” que foi grande sucesso no Brasil também (embora quando ela tenha visitado São Paulo e Rio em 1951, pouco lhe deram bola, preferindo a italiana Pier Angeli que era mais popular por aqui. Debbie veio com Carpenter e a correspondente da revista O Cruzeiro dos Diários associados Dulce Damasceno de Brito de acompanhante. Ela e Carpenter se apresentavam nas sessões do cinema Metro com Habba Daba.
A Debbie jovenzinha era das coisas mais cheias de energia e vida que já se viu numa tela. Basta confirmar isso com Cantando na Chuva. Quando a Metro a escolheu para ser a estrela, ela nem sequer sabia dançar, aprendeu na marra, no suor, sob as ordens do mestre Gene Kelly. A mesma coisa com a voz, inicialmente não cantava bem, mas o esforço fez com que mais tarde fosse capaz mesmo de imitar em seus shows Barbra Streisand. Debbie foi famosa por essa garra e vitalidade, e também o humor e charme com que faz os personagens. Não atrapalhou também o fato de que a amiga Elizabeth Taylor tenha lhe roubado o marido Eddie Fisher. Como vitima ficou ainda mais famosa e ainda teve (antes) outro êxito musical com a canção “Tammy” de A Flor do Pântano (a Globo costumava podar justamente a canção nas reprises deste filme). Foi o que consolidou sua imagem de “garota do vizinho”, uma boa moça, que canta, dança, representa mas também se casa virgem e cuida dos filhos (não por coincidência a filha dela Carrie Fisher se tornou também famosa aos 19 anos na trilogia Star Wars). Debbie podia ser vista como uma sobrevivente, mas foram os musicais que a tornaram inesquecível. Sua estreia na Metro como Helen Kane em Três Palavrinhas com Fred Astaire, a parceria como a garota ideal de Armadilha Amorosa com Frank Sinatra de quem seria amiga por toda a vida, seu encontro com as amigas Ann Miller e Jane Powell em Marujos e Sereias (Hit the Deck), Houve o ocasional papel dramático desglamurizado como em A Festa de Casamento (numa revisão, um excelente trabalho) e Divorcio a Americana, com Dick Van Dyke, injustamente esquecido. Sem esquecer o personagem que lhe deu sua unica indicação ao Oscar, o de Molly Brown, em A Inconquistável Molly. Uma figura que tem muito a ver com ela, já que Debbie enfrentou varias falências (dois dos maridos lhe roubaram). Como mulher madura, Debbie encontrou seu melhor personagem num filme que poucos viram mas que é muito divertido. O diretor e astro Albert Brooks (Drive) era amigo de Carrie Fisher e por isso conhecia bem Debbie escrevendo especialmente para ela, a comédia Mãe é Mãe (Mother), que lhe deu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz em comédia. Brooks também se inspirou em sua própria vida mostrando seu relacionamento com sua mãe viúva, que ainda tem namorados e uma vida própria. É uma composição muito divertida, sem cair na caricatura, que vai agradar todo mundo que tem uma mãe parecida. E que no faz entender porque Debbie é o que os americanos chamam de Lenda Viva.
Debbie Reynolds Filmografia
Séries de TV: Uma Família da Pesada e Kim Possible (ambos apenas voz), Will & Grace (99-06, como a mãe de Grace), First Monday; O Toque de um Anjo (01), Rugrats: Os Anjinhos (voz), Bracken´s World (69), The Debbie Reynolds Show (69-70), Bob Hope Show (71), Alice (82), The Love Boat (80-83), Jennifer Slept Here (83), Hotel (86), As Super Gatas (91). Aloha, Paradise (81), De Pernas para o Ar (94), Roseanne (97). Os Pinguins de Madagascar (voz. 10), 0s 7ª (Série).
Cinema – 2013- Minha vida com Liberace (Liberace. TV). 2012-In the Picture (Curta). Como Agarrar meu ex-namorado (One for the Money).2008- Light of Olympia (voz). 2006-Retorno a Halloweentown (Return to Halloweentown. TV). Lolo´s Café (Voz). 2004-Halloweentown :O Portal (Halloweentown High .TV). 2002- Generation Gap (tv), 2001- A Damas de Hollywood (These Old Broads. TV com Elizabeth Taylor, Shirley MacLaine). 2001- Hallowween II: A Vingança de Kalabar (Halloweentown II-Kalabar´s Revenge (TV). 2000- Rugrats em Paris, o Filme (Rugrats in Paris, The Movie .voz). Virtual Mom (TV). 1999- A Gift of Love The Daniel Huffman Story(TV). 1998- The Christmas Wish (TV). Halloweentown : Um Lugar Mágico (Halloweentown (TV). 1998-Rudolph the Red-Nosed Reindeer: The Movie (voz).Zach e Rebas ( Zach and Reba). 1998- Será que ele é ? (In & Out ). 1996- Mãe é Mãe (Mother). 1993-Entre o Céu e a Terra (Heaven and Earth de Oliver Stone). 1992- O Guarda Costas (The Bodyguard. ponta).Battling for Baby (TVcom Suzanne Pleshette). 1989-O Serviço de Entregas da Kiki (Majo No Talyubin. Voz).Perry Mason :The Case of the Musical Murder (TV)1987- Sadie and Son (TV). 1972- A Menina e o Porquinho (Charlotte´s Web. Voz). 1971- Obsessão Sinistra (What´s The Matter with Helen? Com Shelley Winters). 1968- Lua de Mel com Papai (How Sweet it its! Com James Garner). 1967- Divórcio a Americana (Divorce American Style com Dick Van Dyke) 1966- Dominique (The Singing Nun) .1964- Um Amor do Outro Mundo (Goodbye Charlie com Tony Curtis). A Inconquistável Molly (The Unsinkable Molly Brown). 1963- Mary, Mary (Idem). Meus Seis Amores (My Six Loves com Cliff Robertson). 1962- A Conquista do Oeste (How the West Was Won, em Cinerama).1961- Furacão de Saias ( The Second Time Around ). O Papai Playboy (The Pleasure of his Company com Fred Astaire). 1960- A Taberna das Ilusões Perdidas (The Rat Race comTony Curtis). 1959- Sem Talento para Matar (The Gazebo com Glenn Ford). Começou com um Beijo (It Started with a Kiss com Glenn Ford). Prece para um Pecador (Say One for Me, com Bing Crosby) . Tudo pelo Amor (The Mating Game com Tony Randall). 1958- Tudo pelo Amor (This Happy Feeling com John Saxon). 1957- A Flor do Pântano (Tammy and the Bachelor com Leslie Nielsen). 1956- Uma Esperança nasceu em Minha Vida (Bundle of Joy, com Eddie Fisher). A Festa de Casamento (The Catered Affair com Bette Davis). 1955- Armadilha Amorosa (The Tender Trap com Sinatra). Marujos e Sereias (Hit the Deck com Jane Powell). 1954- As Tentações de Adão (Athena com Jane Powell). O Amor de minha Vida (Susan Slept Here com Dick Powell). 1953-Procura-se uma Estrela ( Give a Girl a Break com Bob Fosse).O Bonitão da Escola (The Affairs of Dobbie Gillis com Bob Fosse). É deste que eu Gosto (I Love Melvin com Donald O´Connor). 1952- Cantando na Chuva (Singing in the Rain com Gene Kelly e Donald O´Connor). 1951- É Proibido Amar ( Mr. Imperium com Lana Turner). 1950- Quando Canta o Coração (Two Weeks with Love. Com Jane Powell). Três Palavrinhas (Three Little Words com Fred Astaire) . Vocação Proibida (The Daughter of Rosie O´Grady com June Haver, Gordon MacRae) 1948- A Noiva da Primavera (June Bride, figuração não creditada. Com Bette Davis).
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.