RESENHA CRTICA: Traffik - Liberdade Roubada (Traffik)
Com certeza j se viu histrias semelhantes, mais pobres mas menos bvias e grosseiras. Absolutamente descartvel
Traffik - Liberdade Roubada (Traffik)
EUA, 2018. 1h36min. Direção e roteiro de Deon Taylor. Com Paula Patton, Luke Goss, Priscilla Quintana, Omar Epps, William Fichtner, Jeff Wiesen, Laz Alonso, Roselyn Sanchez,Claude Duhamel. Inspirado em fatos reais. Orçamento: 4 milhões de dólares. Renda de bilheteria:9.500 milhoes de dólares. Chamada de Texto: “Recuse ser uma vitima”!
O texto de apresentação do diretor é constrangedor quando afirma que o realizador e escritor Deon Taylor (mas sem foto) “é um artista prolífico, que aprendeu por si mesmo, inovador, com um texto forte e com uma visão icônica! Esta sempre criando e é uma força para se reconhecida no meio do entretenimento”. Será que chega essa promoção exagerada? De qualquer forma, de seus vários créditos, apenas dois filmes são creditados por aqui, o primeiro deles, Zetenta e Cinco (07) western com Rutger Hauer e uma parceria com Brian Hooks, e outro A Corrente do Mal (09) Chain Letter, com Nikki Read e Brad Dourif. Mas há ainda outros 7 filmes atualmente em produção!
Traffik é um thriller estrelado pela bela mulata Paula Patton e influenciado por criticas negativas. Antes de tudo, mesmo os filminhos B ou C, como este, hoje tem uma produção bem cuidada, com eficiente fotografia, locações luxuosas (no caso uma mansão com piscina ultimo estilo) ainda que prejudicada por elenco irregular (os dois atores principais aqui, são caricatos e ainda na metade da historia se revelam bandidos!). Basicamente é sobre Brea uma jornalista revoltada de jornal de Sacramento que foi “furada” por um colega que revelou um caso que seria dela. O namorado da moça John (Epps) resolve levá-la para distrair num lugar remoto em Sierra Nevada, sem celular, onde pretende o convidar para ficar noiva. Logo de cara aparecem motoqueiros ameaçadores com cara de monstro e uma garota sofrida de contra peso e a situação irá se complicar (na verdade, desde o primeiro plano da historia, já se revelava que havia uma quadrilha que sequestrava jovens drogando-as de deixando como escravas). A situação vai ficando cada vez mais complicada e absurda com os bandidos invadindo a casa e a heroína sendo também aprisionada. Para piorar há ainda uma policial loira e corrupta, que faz caras e bocas de pura bandida! Ou seja, com certeza já se viu histórias semelhantes, mais pobres mas menos óbvias e grosseiras. Absolutamente descartável. Ah, o roteiro como era de se supor é péssimo!
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.