RESENHA CRTICA: Kingsman Servio Secreto (Kingsman The Secret Service)

Vale a pena assistir a este filme de espionagem britnico que nos remete ao 007 original

04/03/2015 14:15 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Kingsman Serviço Secreto (Kingsman The Secret Service)

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Kingsman Serviço Secreto (Kingsman The Secret Service)

Inglaterra, 14. 129 min. Direção de Matthew Vaughan. Com Colin Firth, Taron Egerton, Samuel L. Jackson, Mark Strong, Jack Dav enport, Mark Hamill, Sofia Boutella, Michael Caine.

Para competir com os filmes do Oscar® e os Tons de Cinza, os americanos colocaram justamente este filme britânico só conhecido por seu trailer divertido e movimentado. E deu certo: continua indo bem em sua terceira semana com 85 milhões de dólares nos EUA (para orçamento de 81!) e já 124 milhões no mercado externo. Nada mau para um filme que eu temi que esbarrasse num caso sério, a falta de memórias ou conhecimento das pessoas, mesmo quando se trata de satirizar basicamente as aventuras de James Bond.

O sucesso se deve sem dúvida ao diretor inglês Matthew Vaughan que foi produtor de Guy Ritchie (Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, Snatch e filmes como o novo Quarteto Fantástico). Como diretor, estreou com Nem Tudo é o Que Parece (Layer Cake, 2004), com Daniel Craig, Stardust, o Mistério da Estrela, além de Kick-Ass I e II. Fez ainda X Men Primeira Classe e brigou com produtores largando vários filmes no começo (como Thor). É casado com a modelo Claudia Schiffer. Deixou Dias de um Futuro Esquecido para fazer este filme.

Inspirado num Comic Book homônimo de Mark Millar e Dave Gibbons, o filme teve problemas com censura na Inglaterra (reduziram a violência e Vietnã, tiraram a sequência da Igreja). Usando um figurino caprichado, com as melhores marcas de vestuário masculino, o filme é bem britânico (e por isso ajuda saber um pouco da cultura deles) e no fundo uma sátira ao seu estilo de vida e pensamento. É também o papel mais adequado recente para o ator Colin Firth (que faz oitenta por cento de seus stunts) e com a ambição de se tornar uma franquia!

Segundo o diretor é uma carta de amor não apenas a James Bond, mas a Caçadores da Arca Perdida, Ipcrss, Arquivo Confidencial (com Caine, que está aqui ), as séries O Homem da Uncle, The Prisoner, e Flint Perigo Supremo. E achei que acertou na escolha do jovem protagonista, Taron  Egerton (fez outros filmes mas não passaram aqui).

É interessante para curtir melhor o filme saber o que está escrito no Gentleman´s Guide, com as regras: um Cavalheiro nunca conta suas conquistas, assuntos privados, os seus negócios ou de qualquer outra pessoa; 2) não entra em conflito em público com inimigos nem usa roupas ou cores ou estilos fora de moda; 3) um cavalheiro está sempre a servir, abrir portas, pagar uma conta, ou chamar um taxi. Não pode recusar ajuda; 4) nunca reage com grosseria. Finge que não percebeu e age como não tivesse acontecido; 5) sempre está pronto para citar fatos interessantes, frases espertas, e trazer nas conversas o lado melhor de cada um; 6) faz sempre perguntas incisivas para manter a conversa viva, fazendo-a sentir que é a pessoa mais interessante que ele já encontrou mesmo que não seja verdade.

Basicamente a história é sobre essa super organização secreta de espiões Kingsman que recrutam um rapaz Eggsy sem classe mas promissor colocando-o no programa de treinamento da organização super competitivo. Para enfrentar outro gênio do mal. Já foi dito que o filme é o anti Bourne, recuperando a sofisticação e o humor de James Bond. Ou seja, voltam as geringonças, os truques, as mulheres bonitas, as piadas de duplo sentido, vilões megalomaníacos, ou seja, volta a ser divertido. “Fun” como dizem os americanos. Está certo em ser um tributo aos filmes de espiões, mas alguns podem achá-lo violento demais. Eu sugiro que experimente e se divirta.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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