RESENHA CRTICA: Uma Longa Jornada (The Longest Ride)

Esse o dcimo filme baseado em livros de Nicholas Sparks e definitivamente no o melhor

08/05/2015 14:44 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Uma Longa Jornada (The Longest Ride)

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Uma Longa Jornada (The Longest Ride)

EUA, 15. 139 min. Direção de George Tillman Jr. Roteiro de Craig Bolotin baseado em livro de Nicholas Sparks. Com Scott Eastwood, Alan Alda, Britt Robertson, Jack Huston, Melissa Benoist, Lolita Davidovich, O´ona Chaplin.

Esta é mais uma adaptação para o cinema de outro livro do escritor Nicholas Sparks que parece ter entrado também diretamente na realização desses projetos. Isso pode explicar porque o elenco ficou menos famoso e as bilheterias caíram (também a equipe técnica é menos conhecida, aqui por exemplo o diretor Tillman Jr, é negro, começou bem com Homens de Honra, com De Niro, mas caiu na rotina de ação (Rápida Vingança, Notorious). Ou seja, não é nem do segundo time. A mesma coisa com o roteirista Bolotin cujo trabalho mais decente foi feito há mais de vinte anos (Black Rain). Querendo ser fiel ao texto original, meu palpite foi que Sparks deixou o filme ficar longo demais (139 min.), confuso (é difícil para o espectador casual entender a história de quem é o tal que pintou a retrato da mulher que gostava de museus! Ainda mais porque de repente sua presença passa a ter importância fundamental na história!). De qualquer forma, custou 34 milhões de dólares e não rendeu ate agora mais que 33 milhões (só 12 milhões de exterior). Mau sinal, porque o anterior O Melhor de Mim (o pior de toda a série) também rendeu pouco, 26 milhões (talvez porque tenha cometido o erro de matar o protagonista). E o anterior, Um Lugar Seguro (Safe Haven) porém que veio pouco antes e teve melhor elenco (no sentido de mais famoso), rendeu 71 milhões nos EUA. Já há outro filme do autor em produção, A Escolha (The Choice) com o superman Tom Welling. Um detalhe: os que assinam a produção são os mesmos de A Culpa é das Estrelas.

A figura mais conhecida deste elenco acaba sendo um loiro/arruivado igual a dezenas de outros. Mas se prestando atenção ele herdou os olhos (cheios de pé de galinha) e o perfil esquerdo do pai, que é o lendário Clint Eastwood. Scott é obviamente o filho de Clint Eastwood (nascido em 1986, que esteve também em Gran Torino, A Conquista da Honra, Curvas da Vida, Corações de Ferro). Não está mal, não chega a comprometer (e já virou astro com cinco outros filmes engatados, incluindo o ambicioso Esquadrão Suicida). A heroína é a loirinha Britt, uma veterana de 40 trabalhos (incluindo os recentes Tomorrowland, Cake, Under the Dome, De Repente Pai). Também se defende bem . O resto do elenco traz o muito envelhecido Alan Alda (mais famoso na teve por MASH), em papel chave, Jack Huston (neto do celebre diretor John Huston, que é Alda jovem), a gracinha neta de Chaplin, O´ona Chaplin (a jovem Ruth), o retorno indesejado de Lolita Davidovich (a mãe do herói).

Vamos a historia tentando não revelar muita coisa. Britt (Sophia) é uma estudante que mora na Carolina do Norte , estado sulista que geralmente produz os filmes de Sparks, embora ele seja do Nebraska. As amigas a convencem a ir a uma espécie de rodeio, o que aceita com relutância. Mas se interessa por um rapaz que ganha a prova (daquelas de montar no boi irado e não poder cair por 8 segundos!) e a convida para sair. Os dois se gostam mas ela deve ir para Nova York com bolsa e ele tem problemas de saúde que podem comprometer sua carreira. O filme muda de foco quando o casal salva de um acidente de carro um velho que carrega uma caixa de cartas antigas que ajudarão a explicar o mistério e o romance. Na verdade, há cartas demais mostrando como eles se apaixonaram, ambos judeus, ela fugindo do nazismo. Há então essas duas histórias paralelas que muito lentamente vão se desenrolando. Difícil entender como peão/boiadeiro pode se misturar com pintura abstrata moderna mas enfim, quem entrou no cinema era porque queria se emocionar e talvez chorar um pouquinho. Esse é o décimo filme de Sparks e definitivamente não o melhor.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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