Homem-Formiga (Ant-Man)

Da Marvel, um aventura com humor, que parece ser acessivel as criancas e que acaba resultando divertida

15/07/2015 17:01 Por Rubens Ewald Filho
Homem-Formiga (Ant-Man)

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Homem-Formiga (Ant-Man)

EUA, 15. 117 min. Direção de Peyton Reed. Roteiro de Edgar Wright, Joe Cornish, Adam MacKay e Paul Rudd.Com Paul Rudd, Evangeline Lily, Michael Douglas,Corey Stoll, Bobby Cannavale, Judy Greer, Michael Peña, Abby Forston, T.I, Haley Atwell, John Slatery, Martin Donovan, Garrett Morris.

Este é sem dúvida o mais modesto filme da Marvel, que leva uma hora apresentando personagens, não tem ao contrário dos outros um ator de muita personalidade que domina os eventos (tipo o carismático Downey Jr ou o poderoso Chris Hemsworth) e na primeira parte faz lembrar vários seriados de TV que usam fórmulas semelhantes. Talvez pela ausência de uma figura estelar (Paul Rudd é razoavelmente simpático mas passivo, baixinho, na vida real gordinho (e deve ter feito uma dieta terrível porque parece até mesmo enfraquecido e abatido), não tem nada de atlético e nenhuma semelhança ou identidade com as formigas que seriam suas companheiras e que mesmo estas tem uma participação definitivamente secundária e portanto injusta.

Parte do problema certamente deve-se ao fato de que o diretor britânico Edgar Wright (Scott Pilgrim, as comédias Chumbo Grosso, Heróis de Ressaca, Todo Mundo Quase Morto) foi despedido (embora ainda apareça creditado por diversas coisas, como produtor e coroteirista) e substituído pelo mais suave e gentil Peyton (Sim, Senhor, As Apimentadas, Abaixo o Amor). Difícil dizer quem reuniu o elenco de coadjuvantes primorosos, chamando vários dos que são os favoritos de séries e de público, como o ótimo Corey Stoll (House of Cards), a muito charmosa e difícil de reconhecer Evangeline Lily (The Hobbit mas também Lost), Judy Greer (recentemente em Jurassic World), um dos meus favoritos, Bobby Cannavale (dos recentes Não Olhe para Trás e a Espiã que Sabia de Menos), um ator mexicano conhecido mas que revela aqui inesperado talento para comédia e quase rouba o filme, Michael Peña, o veterano Michael Douglas (em papel central ) e até uma aparição muito bem humorada de Anthony Mackie, o Falcon, não creditado. Todos eles ajudam muito o filme que felizmente se salva nos quarenta minutos para qual foram reservados os melhores momentos de ação (e sempre com humor).

O fato é que o filme é melhor do que o trailer. Rudd faz Scott Lang, o herói sem graça que é um bom sujeito mas sem sorte. Ele sai da cadeia (para onde foi porque roubo mal sucedido) ansioso pra mudar de vida e cuidar da filha pequena (a mãe dela já se casou de novo e com um policial). Mas tem a falta de sorte de ser socorrido por amigos ainda mais incompetentes do que ele e que convencem a assaltar um cofre que ele não sabe que pertence ao cientista Dr. Hank Pyn. E este com a ajuda da filha Hope (Evangeline) tem planos para ele, começando por uma roupa miraculosa que o faz tomar o tamanho de formigas. Se é possível entender que alguém se identifique com o Homem Aranha, já que seus vôos são muito “cool”, difícil compreender a amizade mal explicada com as formigas, que voam e lutam pela justiça. Mas não são nada maneiras...”.

Os vilões estão bem representados na figura de Darren Cross, que criou o Jaqueta Dourada, que só ao final terá um duelo com o protagonista, embora suas ações não sejam muito sensatas. Mas é Marvel, aventura com humor, que parece ser acessível as crianças e que acaba resultando divertida. Ainda que em tom menor. Como nos filmes anteriores, não saia durante os letreiros porque há duas cenas especiais, uma logo bem no principio deles, e outra no final (paciência, é um habito que a Marvel criou e que virou marca registrada).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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