Trainspotting, Sem Limites no Cinemark

Trainspotting, Sem Limites (Trainspotting) de volta nos Clássicos do Cinema. De 20 a 30 de março.

15/03/2016 09:17 Por Rubens Ewald Filho
Trainspotting, Sem Limites no Cinemark

tamanho da fonte | Diminuir Aumentar

Clássicos no Cinemark Dia 20 a 30 de março

 Trainspotting, Sem Limites (Trainspotting)

Inglaterra/Escócia, 1996. 94 min. Diretor: Danny Boyle. Elenco: Ewan McGregor, Robert Carlyle, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller, Kevin McKidd, Kelly Mcdonald, Peter Mullan, James Cosmo.

Sinopse: Em Glasgow, na Escócia, um grupo de jovens vive para o consumo de drogas, passando por problemas e dificuldades mas também se divertindo. Até quando dois deles resolvem largar o vício, Mark Rent Boy e Simon Sick Boy. Acabam se envolvendo também num perigoso esquema de assalto.

Comentários: Roteiro de John Hodge (Cova Rasa, Em Transe, A Praia, Por uma Vida Menos Ordinária). Adaptação de um livro de Irvine Welsh (que desde então se tornou um escritor de êxito, editando entre outros, Acid House, Filth mas a maioria que viraram filmes ficaram inéditos no Brasil). O filme fez enorme sucesso em Cannes e transformou em astros McGregor (Star Wars, Moulin Rouge), Jonny Miller (foi casado com Angelina Jolie na época, é filho do Bernard Lee, o M de 007 e hoje trabalha na série como Sherlock Holmes!), Carlyle (Ou Tudo ou Nada), além do diretor Boyle (A Praia). Na verdade, ele começou antes com outro filme engenhoso (que passou depois aqui chamada Cova Rasa, com o mesmo Ewan e fez vários sucessos modestos ate ganhar o Oscar de direção por Quem Quer Ser um Milionário (08), e depois fez 127 Horas com James Franco, o pouco visto Em Transe (que foi rodado durante um intervalo dos preparativos que duraram dois anos quando ele planejou e depois dirigiu as brilhantes cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, inclusive o ponto alto que foi a participação de James Bond e a Rainha). É basicamente um exercício de estilo com o competente McAvoy, que é o narrador, um empregado de loja de leilões de quadro famosos que está para vender um famoso trabalho do espanhol Goya. Para prevenir roubos, e a perda de vidas humanas, Simon é treinado para fugir com a pintura e esconde-la num largo determinado. Dito e feito, uma quadrilha assalta o lugar, provoca pânico e incêndio, enquanto Simon age como o previsto. Ou não? (A quadrilha é liderada pelo francês e brasileiro Vincent Cassel, já que vive parte do ano no Rio de Janeiro). Num filme deste tipo nada é o que parece e ficou esquecido. Também rodou há pouco o fracasso Steve Jobs e ainda outros filmes interessantes (Exterminio, Caiu do Céu, Sunshine).

O titulo misterioso vem de uma brincadeira feita pelos drogados-viciados em heroína que brincam de ficar esperando a chegada ou passagem de um trem e adivinhar sua numeração! Mas se refere também às veias no braço de um drogado. Foi o primeiro filme a mostrar um detalhe importante: as pessoas se viciam em drogas porque ela dá prazer! Assim em toda a primeira parte, o clima é de Music Video, tudo corrido, agitado, bem humorado (até mesmo os momentos grotescos). Mas depois a fita ganha uma mensagem anti-drogas, quando começamos a ver suas consequências. Extremamente inventivo, revolucionou o gênero, teve muita influência e foi marcante na criação de uma indústria de Cinema na Escócia. Atualmente o diretor planeja uma continuação que deve reunir o mesmo elenco. Foi indicado ao Oscar de roteiro (levou o BAFTA dessa categoria), na Escócia o Bafta local de melhor filme e ator (Ewan), 4 prêmios centrais da revista inglesa Empire. Foi rodado em baixo orçamento. O livro teve antes uma adaptação para o palco. A famosa cena da privada foi feita com pedaços de chocolate. O filme teve problemas para ser exibido nos EUA onde é difícil se entender o sotaque escocês (e os primeiros vinte minutos de diálogos foram redublados para se tornarem mais compreensíveis). Foi o maior sucesso de bilheteria britânico do ano.

Veja aqui em quais salas do Cinemark este filme será exibido.

Linha
tamanho da fonte | Diminuir Aumentar
Linha

Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

Linha
Todas as máterias

Efetue seu login

O DVDMagazine mantém você conectado aos seus amigos e atualizado sobre tudo o que acontece com eles. Compartilhe, comente e convide seus amigos!

E-mail
Senha
Esqueceu sua senha?

Não é cadastrado?

Bem vindo ao DVDMagazine. Ao se cadastrar você pode compartilhar suas preferências, comentar ou convidar seus amigos para te "assistir". Cadastre-se já!

Nome Completo
Sexo
Data de Nascimento
E-mail
Senha
Confirme sua Senha
Aceito os Termos de Cadastro