RESENHA CRTICA: Um Dia Para Viver (24 Hours to Live)

Ss cenas de ao so at bem realizadas, se h ainda gente interessada nisso. Sem preconceitos, por favor

06/06/2018 17:07 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Um Dia Para Viver (24 Hours to Live)

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Um Dia Para Viver (24 Hours to Live)

China, EUA, África do Sul. 2017. 93 min. Direção de Brian Smrz. Roteiro de John Mita, Jim McClain, Zach Dean.Com Ethan Hawke, Qing Xu, Paul Anderson, Rutger Hauer, Tyrone Keogh, Liam Cunnigham, Natalie Bolt, Jeremy Young. Rodado na África do Sul, em Capetown e na China.

Parecia ser um outro filme banal de produtora independente Lion´s Gate trazendo como astro apenas Ethan Hawke, o que não chega a ser recomendação para ninguém. Mas ao menos me pegou pela sequência inicial, onde um soldado está viajando prisioneiro não se sabe bem porque, num carro que atravessa o deserto e está sendo dirigido por uma oriental (Qing, estrela chinesa de A Vida por um Fio). Quando são atacados por um tiroteio meio sem explicação, mas bem realizado, que vira uma fuga pelo deserto. Um ponto para esse diretor de sobrenome esquisito, Smrz, que como tantos como ele ganhou como mestre de stunts, realizador de cenas de perigo (X- Men Dias de um Futuro ..., Duro de Matar 4) e que como verdadeiro diretor assinou antes apenas outro filme que foi Herói (Hero Wanted, 08) com Cuba Gooding Jr e Ray Liotta. Mas não fique entusiasmado, porque tudo não passa de um turbilhão de clichês que os críticos americanos não deixaram de comparar com o John Wick de Keanu Reeves e nem desculpam Ethan (indicado ao Oscar 4 vezes! Que é mais que exagero é um absurdo... até porque ele continua com o tipo de “sujinho”).

Ethan faz o papel de um agente da CIA Travis Conrad que seria tão dedicado ao trabalho que sacrifica sua família e sua própria vida. Ele entra em cena numa praia com o sogro (Hauer, o lendário ator do original Blade Runner) e a missão de jogar no mar os restos de sua família mortos há um ano. É o caso então de participar de uma ultima missão que deve durar exatamente 24 horas e lhe daria 2 milhões de dólares de salário. Na verdade, o filme dá uns dez minutos de descanso, quando de repente ele esta na África do Sul, pensando em matar a chinesa, mas ela é mais rápida e atira nele que cai aparentemente morto na frente de um hotel... Não tem nem meia-hora de filme então já se imaginam as alternativas, ou ele escapa ou vira zumbi... De qualquer o Sr. Hawke continua a não me convencer (ele já é um senhor de corpo nada atlético e constrangedor), enquanto o diálogo juvenil também não ajuda muito. Até que o truque será implantar no corpo dele um relógio que o destruirá depois de 24 horas??!!

Antigamente e não tanto tempo assim atrás haviam salas de cinema especializadas a apresentar filmes de ação e tiroteio, geralmente no centro da cidade, mas também para públicos masculinos que apreciavam o gênero. Talvez a única sala que sobreviveu no centro da cidade desse tipo foi o Marabá. Pois este filme é perfeitamente adequado para essa sala e esse público (e por sinal foi os donos dele que importaram esta aventura). Por que quando menos se espera estoura um tiroteio ou uma perseguição de carro que no final das contas é justamente para que serve o diretor, o tal Smrz. E as cenas são até bem realizadas, se há ainda gente interessada nisso. Sem preconceitos, por favor.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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