RESENHA CRTICA: Operao Big Hero (Big Hero 6)

Um filme mais longo que o hbito do gnero, competente e divertido

23/12/2014 12:46 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Operação Big Hero (Big Hero 6)

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Operação Big Hero (Big Hero 6)

EUA, 14. 102 min. Direção de Don Hall e Chris Williams.

Era inevitável acontecer o encontro entre os super heróis da Marvel e a animação Disney. Uma coisa lógica que está sendo cumprida com a habitual habilidade do estúdio ainda que fugindo a regra, sendo mais endereçado para os meninos do que as meninas. Lamento mas desta vez não tem Cinderela. Em compensação, temos um filme mais longo que o hábito do gênero, competente e divertido. Mais para Marvel do que Disney. Ah, outro detalhe importante: o filme tem todo o sabor oriental, como se tivesse sido feito para estourar no Japão (um lugar onde os filmes norte-americanos não tem ido tão bem recentemente). Ou seja, tem muito de seriado japonês de televisão!

Nenhum dos dois diretores é muito conhecido. Don Hall fez antes o bonitinho mas bem infantil Ursinho Pooh (11), fora sua experiência como roteirista. O de Chris  Williams é menos notável ainda com o fraco Bolt Supercão e poucos roteiros. De qualquer forma, isso não constitui um problema. A presença Marvel é tão forte que ao final dos enormes letreiros há ainda uma ceninha bem divertida, envolvendo aquela piada discutível e de mau exemplo, do mau uso da cueca infantil. Mas a figura que surge agradará os fãs.

E antes do longa temos ainda um desenho de animação daqueles que costumam sempre ficar entre os finalistas do Oscar®, sobre um cachorrinho bonitinho e comilão, e sua luta para manter a família unida para assim não lhe faltar petiscos deliciosos. Nada de novo mas engraçadinho e encantador como Disney nos acostumou (já esta perto dos 200 milhões de renda nos EUA).

Voltando ao prato principal, já no começo ficamos sabendo que a ação se passa na cidade de San Fransokyo (mix de Tóquio junto com San Francisco), em que um garoto Hiro Hamada ganha de presente um robot especialmente construído por seu irmão genial (para lhe proteger de doenças). Só que tem uma figura inflável e parece ser gordinho demais, e por isso desajeitado. Mas paralelamente o irmão trabalha e estuda num lugar onde se fazem pesquisas incríveis, mas que tem o azar de explodir e matar o rapaz. O mais novo procura a vingança e treina Big Hero 6 (o nome é marca registrada da Marvel) para ser um robot tipo lutador de Sumô. E assim por diante, com as lutas, tipos exóticos e outras figuras interessantes (e naturalmente muita ação como é marca desse gênero japonês). Eventualmente viram superheróis e tudo se resolve.  É interessante saber que a ação se passa num futuro alternativo depois do terremoto de 1906 de San Francisco. Que teria sido reconstruída por emigrantes japoneses, usando técnicas que permite as construções movimentos e flexibilidade. O Nome é porque combina a arquitetura das duas cidades . O nome do vilão Yokai quer dizer espírito ou fantasma em japonês. Hiro seria o primeiro herói Disney bi-racial, branco e japonês. Os fãs mais atentos também poderão perceber a existência de vários Easter Eggs!

Enfim, boa diversão (embora os heróis não pertençam ao mesmo universo cinemático dos personagens Marvel que já estrearam no cinema).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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