RESENHA CRTICA: Casamento Grego 2 (My Big Great Fat Greek Wedding 2)

Tem personagens demais, situaes excessivas e a sensao de j termos visto tudo isso antes

30/03/2016 13:31 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Casamento Grego 2 (My Big Great Fat Greek Wedding 2)

tamanho da fonte | Diminuir Aumentar

Casamento Grego 2 (My Big Great Fat Greek Wedding 2)

EUA, 16. 94 min. Direção de Kirk Jones. Com Nia Vardalos (também roteirista), John Corbett, Lainie Kazan, Michael Constantine, Andrea Martin, Gia Carides, Joey Fantone, Alex Wolff, Louis Mandylor.

Este é um caso muito especial que tem a ver com Superman vs Batman com quem competiu na bilheteria nos EUA. Ambos não foram bem recebidos pela crítica (no caso do Batman, o filme foi massacrado, mas isso não impediu que se tornasse um monstro de bilheteria superando na semana de estreia o recente Star Wars! Ou seja, o público vai ver o que gosta e esperava mesmo sabendo que não é grande coisa. Não dá a menor bola para o que diz a crítica...).

O primeiro casamento grego foi um fenômeno de bilheteria e público, que foi abraçado pelo publico norte-americano e depois também foi bem no resto do mundo (rendeu 369 milhões de dólares), curioso para saber do que se tratava muito ajudado pelo fato de que foi produzido pela Rita Wilson e seu marido Tom Hanks (foi ela quem descobriu o projeto e o acalentou, também foi ela quem patrocinou esta continuação que rendeu 17 milhões no último fim de semana, já que o público feminino voltou a prestigiá-lo (não acredito que haja relação mas Rita enfrenta neste momento a luta contra o câncer, ela tirou os dois seios). É curioso conferir também que os outros filmes, comédias escritas e estreladas por Nia foram mal de público (houve a série de TV de 2003, Connie e Carla, as Rainhas da Noite, 04, que até era legal), Eu Odeio o dia dos Namorados (09),Falando Grego (09), o inédito aqui Helicopter Mom (14).

Esta continuação foi dirigida pelo inglês Kirk Jones, que é lembrado pela excelente comédia A Fortuna de Ned, 98, Nanny McPhee, a Babá Encantada, com Emma Thompson, 05, a refilmagem infeliz de Estão Todos Bem, 09, e a comédia O Que Esperar Quando Você Está Esperando, 12, que tinha Rodrigo Santoro e Jennifer Lopes.

O primeiro problema é quando você assiste o trailer e não acha graça nenhuma, apesar de reunirem todo o antigo elenco com alguns acréscimos (como o boy band NSYNC Joey Fatone). E o filme acaba sendo mais um remake, uma releitura do original do que uma continuação e onde mesmo Nia fica em segundo plano porque a maior parte da ação agora é em cima da filha dela que vai se casar, papel de uma bela jovem Elena Kampouris (que faz Paris) de 17 anos que esta prestes a sair de casa para ir para a Faculdade. É personagem demais, situações excessivas e de a sensação já termos visto tudo isso antes. Mas como dizia o querido Chico Anysio as pessoas gostam de rir das piadas que já conhecem.

Na verdade, a trama central é porque os pais de Gia (ou seja, Toulas), Gus e Maria, que continuam a ser dono do restaurante grego de Chicago, descobrem que na verdade não são casados de verdade, porque o padre na Grécia nunca chegou a assinar os papeis do casamento 50 anos antes. Isso quer dizer que obviamente precisa acontecer um novo casamento grego! Logicamente Maria começa a questionar se quer ser uma esposa de novo!

Também não é preciso relembrar que o humor é escrachado, gritado, exagerado, quase no padrão das comédias brasileiras. Mas quase nunca tem maior impacto, nem quando um dos personagens se revela gay ou quando a própria Rita (que é de origem grega) aparece casada com o galã da TV também de família grega John Stamos (de Fuller House na Netflix!). A única que tem ainda certo impacto é a veterana estrela da Broadway, a comediante Andrea Martin que faz a tia Voula.

Conclusão: quem gosta do filme acha que é como visitar um monte de velhos amigos, e que a lógica é ver mais do mesmo, afinal foi isso que originalmente cativou sua atenção!

Linha
tamanho da fonte | Diminuir Aumentar
Linha

Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

Linha

relacionados

Todas as mterias

Efetue seu login

O DVDMagazine mantm voc conectado aos seus amigos e atualizado sobre tudo o que acontece com eles. Compartilhe, comente e convide seus amigos!

E-mail
Senha
Esqueceu sua senha?

Não é cadastrado?

Bem vindo ao DVDMagazine. Ao se cadastrar voc pode compartilhar suas preferncias, comentar ou convidar seus amigos para te "assistir". Cadastre-se j!

Nome Completo
Sexo
Data de Nascimento
E-mail
Senha
Confirme sua Senha
Aceito os Termos de Cadastro