RESENHA CRTICA: O Plano de Maggie (Maggies Plan)
Exibido na recente Mostra de So Paulo sem grande repercusso, o resultado descartvel
O Plano de Maggie (Maggie´s Plan)
EUA, 15. 98 min. Direção e roteiro de Rebecca Miller. Com Greta Gerwig, Ethan Hawke, Julianne Moore, Bill Hader, Travis Fimmel, Maya Rudolph, Wallace Shawn.
Este é o mais recente trabalho de Rebecca, filha do dramaturgo Arthur Miller (aquele que foi marido de Marilyn Monroe) e até hoje ainda casada com o ator Daniel Day Lewis (desde 96). Foi exibido na recente Mostra de São Paulo sem grande repercussão. Antes de tudo é preciso que o espectador admire ou ao menos aprecie a estrela do filme Greta Gerwig, um gosto adquirido (ela já fez uma série de filmes para Woody Allen (Para Roma, com Amor), estrelou Frances Ha, Descobrindo o Amor de Whit Stillman, Mistress America de Noah Baumbach que também co-escreveu etc.). Mesmo assim ainda não virou estrela (mas tem filmes recentes como 20th Century Women e está em A Vida de Jackie Kennedy, estrelado por Natalie Portman).
O filme aqui já começa com o plano tradicional dos diretores atuais (ou seja, uma imagem de suas costas, pescoço andando no parque). Maggie (Greta) tem um plano para engravidar com a ajuda de algum conhecido, mas sem maior ligação. Só que os planos se modificam quando conhece um escritor/intelectual que é casado com uma professora intelectual e dinamarquesa (a sempre charmosa Julianne Moore). Na verdade, nem é preciso ver o filme já que é fácil perceber que ele é sobre intelectuais que discutem tanto trivialidades quanto pseudo profundidades. O humor é raro, a paisagem invernal e o resultado não indicado para o espectador casual. Até a conclusão é previsível e inclui Travis Fimmel (Vikings, Warcraft). Mas o resultado é descartável e o pior trabalho de Madame Day Lewis.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.