NA NETFLIX: Catfight (idem)
N�o � o tipo de filme que se v� todo dia e por isso mesmo � interessante, curioso e esquisito. Experimentem.


Catfight (idem)
EUA, 2016. 1h35 min. Roteiro e direção de Omur Tokel. Com Sandra Oh, Anne Heche, Alicia Silverstone, Amy Hill, DamianYoung, Myra Taylor, Ariel Kavoussi, Giulian Yao Jay Gioiello.
Já com certa idade, esta tragicomédia feita por desconhecido (o diretor roteirista é ator e seus filmes não circularam aqui antes, como Richard´s Wedding, The Mysogynists. Foi premiado no America Film Festival, Little Rock, Sarasota) é uma história muito original e diferente, entre comédia e tragédia, destacando duas excepcionais atrizes de estilo próprio, a Sandra Oh que finalmente esta coreana está virando estrela (Sob o Sol da Toscana, Sideways, Entre umas e outras. E agora na TV em Invencible, Killing Eve). Mas o roteiro é muito curioso e satírico desde começo quando começa numa família, onde ficam achando que vai haver uma outra guerra no deserto, de ainda piores consequências. O filho oriental dela acaba indo lutar enquanto ela vai ficando cada vez mais alcoólatra e afastada do marido. A outra figura marcante é a excelente mas inesperada Anne Heche, que ficou famosa quando assumiu ser lésbica junto com a Elle de Generes, mas isso não é problema para seu talento que se confirma aqui, onde faz uma escritora que vive com uma mulher mais jovem (a também conhecida Silverstone) que logo vai ter um bebê. Não há muita razão para as duas, Sandra e Alicia se odiarem tanto, desde que quando passam a se confrontar, ameaçar uma a outra, para depois se baterem aos socos, até se machucarem feio. E como se não bastasse terá ainda outra luta de “cat”. Não é o tipo de filme que se vê todo dia e por isso mesmo é interessante, curioso e esquisito. Experimentem.


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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