NA NETFLIX: Little Evil
Nova comédia da Netflix, que fica num meio termo, já houve mais engraçadas mas esta não chega a irritar
Little Evil
EUA, 2017. 95 min. Direção e roteiro de Eli Craig. Com Adam Scott, Evangeline Lilly, Sally Field, Clancy Brown, Bridget Everett, Tyber Labine, Donald Faison, Chris D´Elia.
Nova comédia da Netflix, que fica num meio termo, já houve mais engraçadas mas esta não chega a irritar nem virar pornô chanchada. Não conhecia o diretor e roteirista Eli Craig, que vejam a surpresa, é o filho da famosa e premiada duas vezes com o Oscar Sally Field! Aliás, para dar força ao filme, ela faz uma aparição envelhecida e acaba dizendo as coisas mais engraçadas do filme! Eli (1972-), ocasional ator dirigiu antes filmes como Tucker e Dale contra o Mal, 10, Zombieland, TV, 13 e agora esta brincadeira com a protagonista de Lost.
O resumo é básico: Gary que se casou com a mulher de seus sonhos descobre que o filho dela de seis anos pode ser o Anti Cristo. Ou seja, é uma tentativa de se equilibrar humor e horror, quase que em doses parecidas. Que vai melhorando devagar e consegue certo fôlego justamente na parte final. O filme também é curioso porque homenageia visualmente cenas de filmes famosos, O Iluminado, Poltergeist, A Profecia e até um crítico peruano chamado Josh Tapia. Vale como passatempo.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.