RESENHA CRTICA: Amantes Eternos (Only Lover Left Alive)

Com elenco enxuto, o filme carece de um humor que sempre permeava os trabalhos anteriores de Jarmush

13/08/2014 14:37 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Amantes Eternos (Only Lover Left Alive)

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Amantes Eternos (Only Lover Left Alive)

Alemanha/ Reino Unido/ França/Chipre, 2013. Direção de Jim Jarmusch. Com Tom Hiddleston, Tilda Swinton, Mia Wasikowska, John Hurt, Anton Yelchin. 123 min. 

 

Nunca fui admirador de Jarmusch e não vai ser agora que vou me derramar em elogios quando ele já esta preguiçoso, quatro anos depois do anterior e muito pouco visto (Os Domínios do Controle/The Limits of Control, 09) que fez na França com a mesma Tilda Swinton (esta sim indestrutível cheia de mistério e classe).

Exibido em Cannes mas não premiado, o filme carece de um humor que sempre permeava seus trabalhos. Continua minimalista explicando o mínimo possível (se bem que lidando com temas mais que conhecidos, realmente não há necessidade, embora ele tivesse esquecido de mencionar que o Adam e Eve que citava não era da Bíblia, mas de uma obra de Mark Twain! O que muda tudo...). Mas a escolha do vampiro roqueiro é adequada na figura melancólica, mas carismática de um ator do momento: o britânico Tom HIddleston (Thor).

O elenco é muito enxuto, com Tom como o vampiro Adam que tem um único e jovem amigo Ian (Anton Yelchin, que não sabe muito dos segredos). Enfadado de quase tudo, ele vive numa casa velha numa espécie de Casbah ocidental consultando médico (Jeffrey Wrigth) e um velho (John Hurt). Sua vida se anima um pouco quando recebe a visita da vampira de sua vida, que o compreende e ama, Eve (Tilda) e vem lhe fazer uma visita. Infelizmente aparece também a irmã mais nova dela (Mia Wasikoswka) que novamente se revela inconveniente.

O filme é apenas isso, uns pares de noites na companhia do entediado casal que se queixa da humanidade que esta destruindo a natureza e onde a música de guitarra parece ser um ocasional alivio.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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