Dossie Bond 7: 007 Os Diamantes Sao Eternos

Sean Connery volta ao papel de James Bond, seu sexto filme na franquia

12/01/2021 14:31 Por Adilson de Carvalho Santos
Dossie Bond 7: 007 Os Diamantes Sao Eternos

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A volta de Sean Connery, pela 6ª vez, ao papel de James Bond guarda uma curiosidade. Convencionou-se dizer que depois de “007 A Serviço de Sua Majestade” (o filme anterior) os produtores teriam demitido George Lazenby, descontentes com a reação do público após a troca do protagonista. O fato é que, apesar deste ter tido um resultado inferior nas bilheterias americanas, o filme foi muito bem no mercado internacional. Haviam planos para que Lazenby continuasse no papel, mas foi o próprio que se demitiu, antes mesmo do lançamento do filme. Pensou-se em Burt Reynolds, Michael Gambon (Dumbledore em “Harry Potter”), Adam West (o “Batman” dos anos 60), chegando a ter contrato assinado com John Gavin (Sam Loomis em “Psicose”) até que Albert Broccoli conseguiu fechar um acordo inédito, até então, trazendo Sean Connery de volta com um salário de US$1.25 milhões, e encerrando um ciclo na franquia, o epílogo oficial da era Connery.

 Sean Connery volta ao papel de Bond viajando à Europa com locações em Armstedã, Frankfurt, Londres, Sothampton, além de Las Vegas e Los Angeles. A missão: Bond persegue Brofeld para vingar a morte de sua amada esposa Tracy (Diana Rigg), chegando a Serra Leoa para investigar um grande esquema de contrabando de diamantes. Para isso, usa uma identidade falsa, vindo a conhecer assim a bela Tiffany Case (John). Brofeld pretende construir, com os diamantes roubados, um aparelho de raios laser para destruir o governo norte-americano. Charles Gray assume o papel vivido por Donald Pleasance e Telly Savalas. O nome do vilão foi baseado em Henry Blofeld, comentarista de cricket, amigo de escola de Ian Fleming, segudo uma entrevista que o mesmo deu à BBC Radio 4. O vilão ficaria ausente dos filmes da franquia por uma década devido ao litígio judicial entre Ian Fleming e o produtor Kevin McClory, voltando a aparecer de forma disfarçada apenas em 1981 em “007 Somente Para Seus Olhos”, e depois disso mais duas vezes, com Max Von Sydow em “Nunca Mais Outra Vez” (refilmagem de “007 Contra a Chantagem Atômica”) feita em 1984, e não considerado parte da franquia, e Christophe Waltz em “007 Contra a Spectre” em 2018, quando a disputa legal entre os herdeiros de Fleming e McClory chegou a um fim.

 As bond girls foram vividas por Jill St.John e Lana Wood, e segundo conta-se ambas teriam iniciado uma rivalidade real alimentada por um caso de amor com o astro Sean Connery. Guy Hamilton, que dirigira “007 contra Goldfinger”, volta ao posto com o roteiro de Richard Maibaum e Tom Mankiewics adaptando o 4º livro do super espião. Embora funcione como uma sequência de “À Serviço Secreto de Sua Majestade”, o filme de 1971 não tem originalmente nenhuma relação com o filme de Lazenby, cuja história só foi desenvolvida por Fleming oito anos depois. No cinema, Bond quer matar Blofield como vingança, embora isso seja somente sutilmente mencionado no filme. Outra diferença entre livro e filme é que nas páginas escritas por Fleming o vilão era um rico milionário sem nenhuma ligação com Blofeld ou a Spectre. Cada vez mais, os filmes seguintes se distanciariam das tramas dos livros, muitas das vezes se aproveitando apenas do título dos livros de Fleming, e de alguns elementos descontextualizados, mergulhados em tramas fantasiosas, principalmente na era Moore, que se seguiu depois que Sean Connery se despediu mais uma vez do personagem que a essa altura já havia se estabelecido como uma série milionária. Os diamantes não são eternos, mas 007 parece desafiar o título.

 

James Bond volta ao DVDMagazine na semana que vem em “Com 007 Viva & Deixa Morrer”

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Sobre o Colunista:

Adilson de Carvalho Santos

Adilson de Carvalho Santos

Adilson de Carvalho Santos e' professor de Portugues, Literatura e Ingles formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela UNIGRANRIO. Foi assistente e colaborador do maravilhoso critico Rubens Ewald Filho durante 8 anos. Tambem foi um dos autores da revista "Conhecimento Pratico Literatura" da Editora Escala de 2013 a 2017 assinando materias sobre adaptacoes de livros para o cinema e biografias de autores. Colaborou com o jornal "A Tribuna ES". E mail de contato: adilsoncinema@hotmail.com

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