RESENHA CRTICA: Mil Vezes Boa Noite (Tusen Ganger God Natt)

um tour de force da grande atriz num filme dirigido em grandes e poucos quadros

29/10/2014 12:52 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Mil Vezes Boa Noite (Tusen Ganger God Natt)

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Mil Vezes Boa Noite (Tusen Ganger God Natt)

Noruega, Irlanda e Suécia. 2013. 118 minutos. Direção: Erik Poppe.Elenco: Juliette Binoche, Nikolaj Coster – Waldau, Chloë Annett.

 

Impressionante como a francesa Juliette Binoche (passado já dos 50 anos), continua bela e interessante, filmando sem parar em diversos lugares do mundo. Como aqui, um drama norueguês que ganhou 4 prêmios locais (inclusive melhor filme do ano), melhor filme em Chicago, ecumênico em Montreal, assim como Prêmio do Júri e Américas.

O diretor Erik Popper era fotógrafo de cinema e imprensa, o que explica muito desta sua história e sua maneira de filmar. Onde se fala muito pouco, se explica menos ou se justificativa menos ainda. Tudo é apenas exposto visualmente e cabe ao espectador julgar. E foi o que sucedeu comigo que embarquei inteiramente na ação de uma fotógrafa que trabalha para grandes organizações registrando massacres e tragédias pelo mundo afora. Escapando muitas vezes da morte por um triz. O que deixa sua família muito abalada, em particular as duas filhas ainda na adolescência, que são incapazes de entender a maneira de agir da mãe, quando registrar uma morte ou uma invasão na fronteira da África, toma precedente a qualquer coisa. E uma morte trágica que lhe parece destinada de forma inevitável. Mas ela não consegue não apenas evitar como nem colocar em palavras. É um tour de force da grande atriz num filme dirigido em grandes e poucos quadros: no front da morte, no front do lar (uma casa bem norueguesa de beira mar, de grande luminosidade).

Onde todos são vitimas, não há heróis. Mas o curioso é que como um filme tão simples, consegue não ser aborrecido ou lento, e nos deixar tão envolvidos e perturbados. Como o marido de Juliette, destaque para o hoje astro Nikolaj Koster-Waldau de Game of  Thrones, Mulheres no Ataque, Oblivion.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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