RESENHA CRTICA: Rebecca, a Mulher Inesquecvel (Rebecca) de volta aos cinemas!

O lanamento marca a estreia da distribuidora Celeste. Com cpias 2K nos cinemas, est previsto para o dia 11 de agosto

01/08/2016 23:34 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca) de volta aos cinemas!

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Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca)

1940. Estados Unidos. 130 min. Produção de David O. Selznick. Direção de Alfred Hitchcock. Roteiro de Joan Harrison, Robert E. Sheerwood, Michael Hogan e Philip MacDonald. Baseado em romance de Daphne Du Maurier. Musica de Frank Waxman. Fotografia de George Barnes. Montagem de W. Donn Hays. Direção de arte de William Cameron Menzies. Elenco: Laurence Olivier, Joan Fontaine, Judith Anderson, George Sanders, Dame May Whitty, Reginald Denny, Nigel Bruce, Gladys Cooper, C.Aubrey Smith, Leo G. Carroll. Alfred Hitchcock faz uma aparição que depois se tornaria habitual diante de um posto telefônico.

Sinopse: Uma jovem dama de companhia se casa com um rico inglês viúvo Maxim de Winter que conheceu em Monte Carlo e que a leva para sua mansão em Mandalay. Mas lá ela é atormentada por sua timidez, pela figura assustadora da governanta Mrs Danvers e pela presença constante da ex-mulher dele chamada Rebecca, que morreu num acidente de barco.

Comentários: É interessante reprisar não apenas os clássicos do cinema de arte mas também os filmes populares de Hollywood que há anos não tem essa honraria. É o caso deste que foi o primeiro filme do mestre do suspense (o nome ainda não era usado por ele), Alfred Hitchcock (1899-1980) que já era muito popular na Inglaterra pelos filmes do gênero. os anteriores haviam sido A Dama Oculta e Estalagem Maldita com Charles Laughton e a revelação Maureen O´hara (que também foi escrito por Daphne). Foi produtor David O. Selznick, aquele que estava no auge da carreira como o realizador de E o Vento Levou (39), que foi estrelado por Vivien Leigh, que era justamente a esposa de Laurence Olivier, convocado para ser o protagonista deste filme. Selznick tinha a mania de criar contratos longos dos que trazia quase sempre da Europa para depois lucrar emprestando essas estrelas para outros estúdios e projetos. Fez isso com notáveis como Ingrid Bergman, Louis Jourdan, Alida Valli, Gene Kelly, sua amante Jennifer Jones etc.

O filme não é um suspense convencional, mas um filme de romance e clima romântico, baseado em popular livro da britânica Daphne Du Maurier (1907-89), de quem Hitch adaptou também Os Pássaros. Escreveu dentre outros filmes, A Gaivota Negra com a mesma Joan Fontaine, Eu te Matarei Querida com Olivia de Havilland, O Estranho caso do Conde com Alec Guinness. Foi o primeiro trabalho de Hitchcock nos Estados Unidos, para o qual foi descoberta também a pouco experiente irmã mais nova da já estrela Olivia de Havilland (ela perdeu o Oscar neste ano mas ganhou logo depois como consolação com Suspeita, 1941, também dirigida por Hitchcock). Sua fragilidade e delicada beleza são ideais para o papel assim se tornou inesquecível a figura de Dame Judith Anderson como a sinistra governanta.

O filme teve indicação aos Oscars de melhor direção, a primeira indicação para Hitch, que seria indicado ainda por Psicose, Janela Indiscreta, Quando Fala o Coração, Um Barco e Nove Destinos. Só em 1968 é que finalmente ganharia um Oscar especial pela carreira!

Mas é interessante como o filme foi abraçado pelo público, que se envolve nele desde as cenas iniciais, admira toda a direção de arte (estilizada e por isso pode parecer antiquada como cortinas leves sendo sopradas pelo vento) , a trilha musical de Franz Waxman. Ganhou os Oscars de melhor filme e fotografia (George Barnes) num total de nove indicações (atriz, ator, atriz coadjuvante Judith, roteiro adaptado, cenografia, trilha musical, montagem, efeitos especiais). Ou seja, já não se fazem mais filmes como este atualmente, romântico e misterioso (principalmente a surpresa de se saber quem é Rebecca!). É um exemplo raro de sua época.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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