OSCAR 2019: O Sucesso de Roma

Faço pequenas restrições porque colocou algumas atrizes mexicanas amadoras e que não são nenhuma Maria Felix!

12/02/2019 22:18 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2019: O Sucesso de Roma

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Eu fico assustado cada vez que percebo a presença no elenco do filme autobiográfico chamado Roma que mal explica como sendo o bairro da cidade do México e não a capital italiana que tantas vezes inspirou Federico Fellini e outros gênios do cinema. Só com entrevistas que fiquei sabendo que a autobiografia é de um mexicano, diretor e produtor e o teimoso festival de Cannes, reclamando ou exigindo não poderia passar no Festival, já que ele teria prazo para exibir o filme como um cinema tradicional (e também justamente para circular apenas alguns dias em salas tradicionais). Mas como o dinheiro é da Netflix, assim como todo o projeto, não vejo sentido em culpá-lo de nada, o mundo muda, cresce e a resposta ficou por conta do próprio Oscar. Já que este filme foi indicado rarissimamente como melhor filme, melhor filme estrangeiro numa totalidade de 10 indicados ao prêmio.

Sem dúvida, eu admiro o diretor mexicano Alfonso Cuaron, 1961, de outras passagens (como Gravidade, E Sua Mãe Também, Filhos da Esperança) e sem dúvida ele é um artista talentoso. Faço pequenas restrições porque colocou algumas atrizes mexicanas amadoras e que não são nenhuma Maria Felix! Em compensação no preto e branco tem belas imagens e conta sua história pessoal, o que é sempre comovente. Mas sinceramente o que mais me incentiva é que o México e seu bravo povo, seja consagrado e assim ajude a calar a boca de presidentes americanos que perderam a noção! Não sou nenhuma Meryl Streep que teve a coragem de denunciá-lo no Globo de Ouro. Quem sabe então no Oscar ganhe os prêmios por seu talento e coragem!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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