OSCAR 2019: Os Coadjuvantes Queridos do Oscar Deste Ano!
Confira quem são os indicados a melhor ator coadjuvante!
Fiquei todo contente quando vi Nasce uma Estrela e identifiquei no papel do pai do compositor um veterano ator muito querido nos Estados Unidos, tanto que sai celebrando que ele seria chamado para um Oscar este ano, Sam Elliot. Dito e feito (outro dado diferente e legal para os mais velhos é que ele é casado há muitos anos com uma estrela do passado, a ainda lembrada Katharine Ross (1940-) de Butch Cassidy e A Primeira Noite de um Homem! E que hoje trabalha muito raramente. Sam (1944-) é um pouco diferente, tem cabelos e bigodes brancos, tem jeito de cowboy e já esta no seu 99º filme! Não tem qualquer pretensão ou finge ser “estrelão”. É por natureza e simplicidade que age como se fosse um verdadeiro cowboy. Assistindo agora Nasce uma Estrela a gente sente a verdade de sua presença, sem atrevimentos ou falsidades, é norte-americana da melhor espécie!
Este ano, a escolha dos finalistas, foi difícil de errar, o ator que ganhou ano passado, Sam Rockwell (por Três anúncios para um Crime) é outro veterano de 103 créditos e este ano já teve nova indicação por Vice (aliás, muito bem). De Mahersala Ali, outro premiado nem é preciso admirar como ele se deu bem agora com Green Book - O Guia, era também muito logico ser indicado por Infltrado na Klan que ainda considero o melhor filme de Spike Lee, mas queria ainda relembrar outra figura marcante, que veio da Inglaterra, Richard E. Grant. Nascido em 1957, no Swaziland, tem 127 créditos e ficou conhecido no Brasil por uma comédia britânica chamada Withnail and I (Os Desajustados, 87 cult até hoje). Depois vieram mais comédias como Como Fazer Carreira em Publicidade, Hudson Hawk, Como Matar Papai, Henry & June e assim por diante. Voltou a ficar mais famoso este ano com um fato real, Poderia me Perdoar? (que lhe deu indicação como coadjuvante). Mas tem ainda previsto Star Wars Episódio IX. Que tal?
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.