X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
X-Men: Saiba como tudo começou
 
                     
                
             “Mutação é a chave para a evolução. É o que nos permitiu evoluir de um organismo unicelular para a espécie dominante neste planeta. O processo é lento, e normalmente leva milhares de anos. Mas a cada milênio, a evolução dá um salto à frente.” Com essa narração o ator Patrick Stewart começou o filme X-Men, dirigido por Bryan Singer em 2000, e que deu o pontapé inicial para a recente onda de filmes de super-heróis. Se evolução é a palavra chave, Stan Lee & Jack Kirby acertaram quando imaginaram que, em vez de adquirir poderes, pessoas poderiam nascer com habilidades EXTRA. Lançado em Setembro de 1963, a revista The Uncanny X-Men #1 chegava às bancas no mesmo ano que Martin Luther King faria seu histórico discurso pela igualdade racial, mesma década que Kennedy fora assassinado, e a sociedade americana se transformava ao sabor de conflitos pelos direitos civis, encontrando paralelo na luta dos mutantes contra a intolerância e o abuso de poder de seus iguais, representados pelo vilão Magneto e sua Irmandade de Mutantes. O próprio discurso de aceitação do Professor Xavier e revolta de Magneto eram ecos de uma era de extremos que moldou o mundo nos anos que se seguiram. Nos quadrinhos, a formação original da equipe contava com Ciclope, Fera, Anjo, Homem de Gelo e Jean Grey, bem diferente do filme da X-Men Primeira Classe de Mathew Vaughn em 2011.
“Mutação é a chave para a evolução. É o que nos permitiu evoluir de um organismo unicelular para a espécie dominante neste planeta. O processo é lento, e normalmente leva milhares de anos. Mas a cada milênio, a evolução dá um salto à frente.” Com essa narração o ator Patrick Stewart começou o filme X-Men, dirigido por Bryan Singer em 2000, e que deu o pontapé inicial para a recente onda de filmes de super-heróis. Se evolução é a palavra chave, Stan Lee & Jack Kirby acertaram quando imaginaram que, em vez de adquirir poderes, pessoas poderiam nascer com habilidades EXTRA. Lançado em Setembro de 1963, a revista The Uncanny X-Men #1 chegava às bancas no mesmo ano que Martin Luther King faria seu histórico discurso pela igualdade racial, mesma década que Kennedy fora assassinado, e a sociedade americana se transformava ao sabor de conflitos pelos direitos civis, encontrando paralelo na luta dos mutantes contra a intolerância e o abuso de poder de seus iguais, representados pelo vilão Magneto e sua Irmandade de Mutantes. O próprio discurso de aceitação do Professor Xavier e revolta de Magneto eram ecos de uma era de extremos que moldou o mundo nos anos que se seguiram. Nos quadrinhos, a formação original da equipe contava com Ciclope, Fera, Anjo, Homem de Gelo e Jean Grey, bem diferente do filme da X-Men Primeira Classe de Mathew Vaughn em 2011.
Contudo, demorou para que a HQ dos heróis alcançasse a popularidade de hoje. Durante um tempo, a revista dos X Men circulou apenas com reimpressões e chegou até a ficar alguns anos sem ser publicada até que a Marvel Comics lançasse, em Maio de 1975, Giant Size X Men com roteiros de Chris Claremont & Len Wein e desenhos de Dave Cockrum. Na história, uma nova equipe é formada quando os X Men originais são presos em uma ilha monstro. A nova equipe traz membros de diversas nacionalidades e etnias: a Africana Ororo Monroe, o alemão Kurt Wagner, o russo Piotr Rasputin e até mesmo o índio Apache John Proudstar, que ganharam as respectivas alcunhas de Tempestade, Noturno, Colossus e Pássaro Trovejante, sendo que este último morre logo na história seguinte indicando que, assim como na vida real, a tragédia faria parte das histórias, um realismo amargo que se repetiria muito nas HQs antes que isto se tornasse um mero clichê para se aumentar as vendas das revistas. O personagem que mais veio a se destacar, no entanto, foi o canadense Logan, vulgo Wolverine, criado por Len Wein em 1974 nas páginas de O incrível Hulk # 180 como antagonista do herói verde da Marvel. Nos anos que se seguiram Wolverine se tornou o maior atrativo das histórias dos X Men com seu comportamento rebelde, agressivo e passado misterioso que rendeu diversas histórias interessantes e garantiu até o lançamento de seu próprio título.
 a revista dos X Men circulou apenas com reimpressões e chegou até a ficar alguns anos sem ser publicada até que a Marvel Comics lançasse, em Maio de 1975, Giant Size X Men com roteiros de Chris Claremont & Len Wein e desenhos de Dave Cockrum. Na história, uma nova equipe é formada quando os X Men originais são presos em uma ilha monstro. A nova equipe traz membros de diversas nacionalidades e etnias: a Africana Ororo Monroe, o alemão Kurt Wagner, o russo Piotr Rasputin e até mesmo o índio Apache John Proudstar, que ganharam as respectivas alcunhas de Tempestade, Noturno, Colossus e Pássaro Trovejante, sendo que este último morre logo na história seguinte indicando que, assim como na vida real, a tragédia faria parte das histórias, um realismo amargo que se repetiria muito nas HQs antes que isto se tornasse um mero clichê para se aumentar as vendas das revistas. O personagem que mais veio a se destacar, no entanto, foi o canadense Logan, vulgo Wolverine, criado por Len Wein em 1974 nas páginas de O incrível Hulk # 180 como antagonista do herói verde da Marvel. Nos anos que se seguiram Wolverine se tornou o maior atrativo das histórias dos X Men com seu comportamento rebelde, agressivo e passado misterioso que rendeu diversas histórias interessantes e garantiu até o lançamento de seu próprio título.
As histórias dos X Men viriam a partir daí a se destacar das demais histórias do universo Marvel por fazer da luta dos heróis mutantes a parábola perfeita da intolerância, seja ela de qualquer espécie, sofrida por um grupo oprimido mas relevante. As habilidades especiais dos personagens são metáforas para o que grupos étnicos ou socialmente ou indesejáveis poderiam contribuir para a construção de um mundo melhor e para o futuro da espécie humana. A formação da dupla criativa Chris Claremont (roteiros) e John Byrne (desenhos) na segunda metade dos anos 70 gerou roteiros mirabolantes que marcaram os heróis mutantes pelos anos que se seguiram, como, por exemplo, o roteiro do filme atual extraído de X Men # 141 e #142 de 1981,e que foi publicado pela primeira vez no Brasil cinco anos depois na hoje clássica revista Superaventuras Marvel #45 da Editora Abril, uma época em que os X Men ainda não eram publicados em título próprio no Brasil. Na história original, é Kitty Pride (a personagem de Ellen Paige) quem é enviada de um futuro onde os mutantes estão sendo exterminados para o presente da década de 80 para evitar o assassinato de um senador americano (personagem de Bruce Davidson nos dois primeiros filmes dos X-Men) pela Irmandade de Mutantes, deflagando a criação de robôs Sentinelas que caçarão e exterminarão os mutantes do planeta. Curiosamente,
 da luta dos heróis mutantes a parábola perfeita da intolerância, seja ela de qualquer espécie, sofrida por um grupo oprimido mas relevante. As habilidades especiais dos personagens são metáforas para o que grupos étnicos ou socialmente ou indesejáveis poderiam contribuir para a construção de um mundo melhor e para o futuro da espécie humana. A formação da dupla criativa Chris Claremont (roteiros) e John Byrne (desenhos) na segunda metade dos anos 70 gerou roteiros mirabolantes que marcaram os heróis mutantes pelos anos que se seguiram, como, por exemplo, o roteiro do filme atual extraído de X Men # 141 e #142 de 1981,e que foi publicado pela primeira vez no Brasil cinco anos depois na hoje clássica revista Superaventuras Marvel #45 da Editora Abril, uma época em que os X Men ainda não eram publicados em título próprio no Brasil. Na história original, é Kitty Pride (a personagem de Ellen Paige) quem é enviada de um futuro onde os mutantes estão sendo exterminados para o presente da década de 80 para evitar o assassinato de um senador americano (personagem de Bruce Davidson nos dois primeiros filmes dos X-Men) pela Irmandade de Mutantes, deflagando a criação de robôs Sentinelas que caçarão e exterminarão os mutantes do planeta. Curiosamente, na época a Editora Abril usou na capa a chamada “Exterminadores do Futuro”, alusão óbvia ao bem sucedido filme de James Cameron com Arnold Schwarzenegger que também trata va da viagem no tempo para mudar um evento do passado. O filme atual se vale da mesma premissa mas quem é enviado ao passado (anos 70) é Wolverine que tem sua consciência transferida em processo que vai lembrar as viagens no tempo do seriado “Contra Tempos” (Quantum Leap) que também explorava a mesma ideia. O filme coloca Wolverine – muito mais popular que Kitty Pryde – como o personagem chave que vai promover o encontro de duas gerações distintas de X Men nas telas.
 na época a Editora Abril usou na capa a chamada “Exterminadores do Futuro”, alusão óbvia ao bem sucedido filme de James Cameron com Arnold Schwarzenegger que também trata va da viagem no tempo para mudar um evento do passado. O filme atual se vale da mesma premissa mas quem é enviado ao passado (anos 70) é Wolverine que tem sua consciência transferida em processo que vai lembrar as viagens no tempo do seriado “Contra Tempos” (Quantum Leap) que também explorava a mesma ideia. O filme coloca Wolverine – muito mais popular que Kitty Pryde – como o personagem chave que vai promover o encontro de duas gerações distintas de X Men nas telas.
 O aguardado encontro das duas versões do Professor Xavier, a aparição de duas versões de Magneto e a passagem de diversos personagens incluindo mutantes conhecidos (Halle Berry como Tempestade), menos conhecidos (Omar Sy de Intocáveis como o mutante Bishop) e outros que movimentarão a ação do filme confirmando o talento de seu diretor em lidar com a diversidade de personagens e egos de seus intérpretes.
O aguardado encontro das duas versões do Professor Xavier, a aparição de duas versões de Magneto e a passagem de diversos personagens incluindo mutantes conhecidos (Halle Berry como Tempestade), menos conhecidos (Omar Sy de Intocáveis como o mutante Bishop) e outros que movimentarão a ação do filme confirmando o talento de seu diretor em lidar com a diversidade de personagens e egos de seus intérpretes.
A viagem no tempo, embora clichê já batido na ficção científica, acaba servindo como justificativa ideal para unir essas gerações em um roteiro digno da criatividade de Stan Lee, Chris Claremont e outros que nas HQs conduziram leitores amantes da aventura. Também foi de Claremont, por exemplo, as histórias que serviram de base para os filmes X Men 2 (2003) e X Men 3 – O Conflito Final (2006) O segundo filme foi baseado na HQ “God Loves Man Kills” de 1982 e que foi publicada no Brasil poucos anos depois com o nome “O Conflito de uma Raça”. Nela, o tema do preconceito foi explorado e expandido para as questões religiosas através do vilão, o pastor William Striker, cujo fanatismo evoca à Ku Klux Khan, e que no filme foi transformado em militar corrupto, interpretado por Brian Cox. Já o terceiro filme juntou os pedaços da extensa saga da Fênix Negra, diluída ao extremo, com elementos da fase escrita por Joss Whedon (o diretor do filme dos Vingadores).
 anos depois com o nome “O Conflito de uma Raça”. Nela, o tema do preconceito foi explorado e expandido para as questões religiosas através do vilão, o pastor William Striker, cujo fanatismo evoca à Ku Klux Khan, e que no filme foi transformado em militar corrupto, interpretado por Brian Cox. Já o terceiro filme juntou os pedaços da extensa saga da Fênix Negra, diluída ao extremo, com elementos da fase escrita por Joss Whedon (o diretor do filme dos Vingadores).
Discussões filosóficas a respeito de mudar o passado emergirão, mas muito mais poderá vir à tona a medida que outras sequências, além dos filmes solo com Wolverine, são produzidas e nos faça repensar o que a evolução nos reserva. (Por Adilson de Carvalho Santos)
 
        
        
        
        
        
        
        
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