RESENHA CRTICA: 3 Dias para Matar (3 Days to Kill)
Filme de ao europeu com Kostner, deve agradar o pblico masculino
3 Dias para Matar (3 Days to Kill)
França, 14. 117 min. Direção de McG. Com Kevin Costner, Haillee Steinfeld, Connie Nielsen, Amber Heard, Tomas Lemarquis, Richard Sammel,Bruno Ricci.
Este é o filme que supostamente deveria trazer de volta ao estrelato Kevin Costner, depois do sucesso na TV com a série Hatfields e McCoy. Mas se esqueceram que é uma daquelas produções européias de Luc Besson (co produziu com muitos, inclusive Christophe Lambert), das quais ele escreve sempre o roteiro. Umas poucas vão bem nos EUA (como foi o caso de Busca Implacável/Taken, com Liam Neeson) mas são exceção. Os filmes de Besson são para consumo europeu , no Oriente e depois no que existe ainda de filmes de ação. Os americanos em geral o ignoram como sucedeu com este que não rendeu mais do que 30 milhões, o que não é tão ruim (custou 28 milhões de dólares). Tudo parece mais uma vez a má vontade que a crítica tem contra o diretor McG. Desde suas Panteras, que se vinga tendo êxito na TV onde produziu os sucessos O.C. - Um Estranho no Paríiso, Chuck e Sobrenatural.
Sem dúvida, este é um filme B desde sua concepção onde a maior atração são suas locações em Paris (mas a maior parte em Belgrado, na Sérvia). Não sua história, muito banal. Costner faz um agente da CIA que tem pouco tempo de vida e resolve aproveitar a chance para ser aproximar da filha quase adulta, que mal conhece (no papel Hailee, está melhor do que o papel lhe deu indicação ao Oscar® em Bravura Indômita). Oferecem-lhe uma droga experimental, que pode salvar sua vida em troca de uma última missão. Você já sabe de que tipo de filme se trata, basta citar a piada mais freqüente: o celular da filha toca nas horas mais esdrúxulas quando ela esta batendo ou matando alguém!
Naturalmente a narrativa é rápida, a direção de arte chique sem nenhuma tentativa de realismo, mas o conceito do homem de família que trabalha como assassino profissional já é velho (Costner não tem culpa, está discreto e com boa aparência, passivo como sempre). Desde que não seja tenha qualquer expectativa, é perfeitamente consumível pelo público masculino (que vai apreciar Amber Heard, uma bela loira que esta sempre mudando de cara) e até dos filmes mais consumíveis do diretor.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.