Morre o Diretor George Sluizer
O cineasta holandês fez filme no Brasil
George Sluizer (1932-2014)
Diretor holandês (mas nascido em Paris, em 25 de junho), famoso no Brasil por ter dirigido um filme belo e super premiado, A Faca e o Rio (1972) com Jofre Soares. Baseado em livro de Odylo Costa Filho. O caso mais curioso de sua carreira foi ter rodado na França, um drama de suspense como O Silencio do Lago versão francesa e logo depois uma refilmagem americana com Jeff Bridges e Sandra Bullock (só que com final inferior e refeito). Seu último trabalho Dark Blood, ficou inacabado por causa da morte do ator River Phoenix (Sluizer veio exibir o filme na Mostra Internacional de São Paulo de 2013). Faleceu em 20 de setembro de 2014, em Amsterdam.
2012- Dark Blood (interrompido em 1993 pela morte por drogas do ator River Phoenix, só em 2013, que conseguiu ser concluído, com a ajuda de doações pessoais. O diretor antes disso havia retirado o material de um cofre da seguradora e o levado para a Holanda. No elenco, Judy Davis e Jonathan Pryce). 2002- La Balsa de Piedra (Federico Luppi, Gabino Diego. Baseado em Saramago).1998- The Commissioner. (John Hurt, Rosana Pastor). 1995- Mortinho por Chegar em Casa (rodado em Portugal.Co-d Carlos Silva. Diego Infante, Maria D´Aires). 1998- O Silencio do Lago (The Vanishing. Kiefer Sutherland, Jeff Bridges). 1996-Envolvido com o Crime ( Crimetime. Stephen Baldwain, Pete Postlehwaite. 1992- Utz (Armin Mueller- Stahl, Brenda Fricker). 1993- O Silencio do Lago (Spoorloos. Bernard Pierre Donnadieu, Johanna Teer Steege). 1985- Red Desert Penitentiary (James Michael Taylor, William Rose). 1979- Twee Vrouwen (Bibi Anderson, Anthony Perkins). 1972-João em Het Mes/A Faca e o Rio (Ana Maria Miranda, Jofre Soares). Stamping Ground (Doc). 1967-69- Documentários para a revista National Geographic (Siberia the Lost Horizon,Lonely Doryman: Portugal,Yankee Sails Across Europe). 1961- De Lagen Landen (CM.Premiado em Berlim).
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.