Morre Mais uma Estrela Europia: Mireille Darc
Atriz francesa faleceu aos 79 anos, teve uma carreira solida geralmente dirigida por Georges Lautner
Famosa por ter sido durante anos a mulher de Alain Delon (ainda vivo. mas que promete se aposentar), faleceu a estrela francesa Mireille Darc aos 79 anos durante o domingo à noite. Tive a oportunidade de conversar com ela num Festival de cinema no Rio de Janeiro, magra, loira artificial, bastante simpática. Teve uma carreira solida geralmente dirigida por Georges Lautner e considerada imitadora de Brigitte Bardot. Nascida em 1938, começou no cinema em 1960 e fez mais de 50 filmes. Também dirigiu séries de TV, fez teatro com Delon, gravou discos, dirigiu documentários para a TV. No ano passado teve uma serie de derrames e esteve em coma antes de falecer.
São 77 créditos: Estes são os principais, começando com Braços Vazios, em 1970 (Les Distractions, com Belmondo), Torneio de Amor (La Bride sur Le Cou, 71, com Brigitte Bardot), de Vadim, Mourir D´Amour, 61, com Paul Guers, A Caça ao Homem (64, La Chasse au Homme, com Belmondo), Monsieur (64, Gabin), Os Super Secretas (Les Barbouzes, 64, com Lino Ventura). Em 66 finalmente chegou o estrelato com Galia Eu e Meus Amantes, do diretor Georges Lautner, com quem faria 12 filmes. Fez a seguir vários outros trabalhos, dentre os mais famosos: Crime no Asfalto (66, Du Rififi a Paname com Gabin), Operação Ouro (Zarabanda Bing Bing, com Jacques Sernas), Mundo Novo, Mundo Louco (Ne Nous Fachons pás, com Gabin), A Outra Face da Felicidade (À Belle Dents, com Sernas), A Mulher de Pequim (La Femme a Pekin, 67 com Edward G.Robinson), A Cor da Morte (Fleur D´Oseiller de Lautner). Mais: Week End à Francesa (Week End de Godard, 67), Jeff, o Homem Marcado (Jeff, 69 com Delon), Os Intrépidos Homens e seus Calhambeques Maravilhosos (69 de Ken Annakin, Monte Carlo or Bust), Ela Não Bebe, Não Fuma, Não paquera Mas... (Elle Boit Pas, elle fume pás, elle Drague pás.. mais elle cause!, 79, de Audiard), Um Homem e Duas Mulheres (Madly, com Delon, 70), Loiro Alto de Salto Preto (70, Le Grand Blond avec une Chaussure Noir, de Yves Robert), Les Seins de la Glace (74, de Lautner com Delon), Le Retour Du Grand Blond (74 de Robert), Le Télephone Rose (75 de Molinaro), O Homem Insaciável (L´Homme Pressé, 77 de Molinaro, com Delon), A Morte de um Corrupto (Mort D´um Pourri, de Lautner, com Delon). Reveillon Chez Bob (84, de Granier Deferre). De 92 em diante, se dedicou a séries de TV, seu último trabalho foi Le Grand Restaurant II, 2011.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.