Fitzcarraldo: Mais um filme clssico, desta vez na rede Ita Cinemas

Mais uma boa reprise, em 3 capitais, de 12 a 18 de maio

12/05/2016 00:16 Por Rubens Ewald Filho
Fitzcarraldo: Mais um filme clássico, desta vez na rede Itaú Cinemas

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Estreia reprise dia 12 de maio na rede Itaú Cinemas em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro de 12 a 18/05. Veja AQUI a programação.

 

Fitzcarraldo (Idem)

Alemanha/Peru, 1982. 156 min. Diretor: Werner Herzog. Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Milton Nascimento, Miguel Angel Fuentes, Grande Otelo, Paul Hittscher, Peter Berlin, Ruy Pollanah.

Sinopse: Na virada do século 20, onde ocorria no Amazonas, o ciclo da Borracha, Brian Seeney Fitzgerald, vulgo Fitzcarraldo, tinha o sonho de construir um grande Palácio de Ópera na cidade de Iquitos, na Amazônia peruana. Para realizar seu desejo, move montanhas num esforço épico e inútil.

Comentários: Saiu em DVD com subtítulo O preço de um Sonho - que não teve nos cinemas. Este é o mais famoso e também mais conflitado trabalho do diretor alemão Werner Herzog, inspirado em fatos reais, que com ele retornou à Amazônia (tanto do Peru quanto do lado brasileiro) onde já havia feito o interessante Aguirre, a Cólera de Deus (1972) com Klaus Kinski e Ruy Guerra. Este projeto se tornou uma obsessão por cinco anos e começou a ser rodado com outro elenco, com Jason Robards (vencedor de dois Oscars de coadjuvante) e o roqueiro Mick Jagger (num personagem que depois foi eliminado). Mas Robards ficou doente e ele teve que chamar o alemão Kinski (que era seu amigo- inimigo e claramente um psicopata).

As filmagens tiveram problemas fenomenais (tanto que Les Blank fez até um documentário sobre elas, “Burden of Dreams”). Só chegou ao fim por causa da determinação do cineasta (tão obstinado quanto seu personagem). Quando alguém define o protagonista como o “conquistador do inútil, o espetáculo da Floresta” também está fazendo um adequado julgamento de Herzog. Para piorar, o corte do personagem de Jagger (que funcionava como uma espécie de Sancho Pança para Fitzcarraldo) prejudica a história e os diálogos.

O filme começa bem mas cria uma série de falsas expectativas, tornando-se arrastado (sempre acho que Herzog monta seu filme no ritmo do próprio rio). Mas o importante nas obras do diretor são aqueles momentos mágicos, imagens antológicas: o protagonista no alto das árvores contemplando seu domínio, um guarda-chuva solitário descendo o rio e evidentemente toda a sequência em que num milagre de engenharia um barco inteiro sobe uma colina com quarenta graus de inclinação.

Foi vencedor do prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes. Claudia Cardinale, encantadora como sempre, dá o ar de sua graça assim como o ator brasileiro José Lewgoy (já falecido, que era o interprete nacional mais chamado para filmes estrangeiros). Aparecem também Grande Otelo e Milton Nascimento. Herzog hoje mora nos EUA onde faz filmes de ficção e documentário, com boa reputação.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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