RESENHA CRTICA: A Culpa das Estrelas (The Fault is on Our Stars)

Rubens Ewald FIlho achou que o diretor Josh Boone foi uma escolha correta, neste belo filme baseado em best-seller da literatura

02/06/2014 13:07 Da Redação
RESENHA CRÍTICA: A Culpa é das Estrelas (The Fault is on Our Stars)

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A Culpa é das Estrelas (The Fault is on Our Stars)

EUA, 14. Direção de Josh Boone. Com Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff,  Laura Dern, Sam Tramell, Willem Dafoe, Lotte  Verbeek. Fox. 125 min.

 

Havia uma grande expectativa por parte dos “young adults” pela adaptação para o cinema deste Best-seller do autor John Green (conhecido também como vídeo blogger, com quase 2 milhões de seguidores) que poderia ser comparado como o “Love Story” desta geração (se referindo ao livro de Erich Segal dos anos 70). Ainda que de passagem se possa dizer que este é bem superior.

Foi tomado muito cuidado com a adaptação que me pareceu bem fiel e respeitosa e com as opções corretas. Evita-se o sentimentalismo, o excesso de clichês e se não foge do choro, mas também não se força a barra. Este é o tipo do filme que devo comentar pouco para não revelar segredos ou detalhes que só irão estragar o prazer do filme. Obviamente Shaileene esta bem mais magra do em Divergente, já que faz uma estudante que sofre de uma doença grave (o tempo todo ela respira com a ajuda de oxigênio, com dois fios nas narinas) e que está sendo forçada a fazer uma espécie de terapia de grupo, ou grupo de ajuda com outras pessoas que tem problemas de saúde semelhante. Com relutância, ela deixa se aproximar um rapaz alto e presunçoso, o loirinho Ansel, que em Divergente faz o papel de irmão da heroína). Aos poucos, os dois vão se apaixonando e tendo a primeira relação sexual. As famílias observam tudo com ansiedade (Laura Dern, ótima como sempre, faz a mãe e o pai do rapaz de é SamTramell, de True Blood). Tem ainda Natt Wolff como amigo que faz as piadas e uma trama paralela que de certa maneira só existe para motivar uma viagem ao exterior muito fotogênica (a Amsterdam) e também uma visita tocante a casa onde viveu Anne Frank. Tudo porque a heroína Hazel é apaixonada por um livro e um autor , Van Houten (um mal humorado Dafoe), que depois de muito tempo recusa se corresponder e ainda mais se encontrar pessoalmente. Nesse meio tempo Hazel se envolveu com o colega Gus que já não tem parte de uma perna, mas parece estar em remissão. Alto, loirinho, atrevido e bem humorado (sempre com um ar de pretensioso que o ator Ansel sabe fazer bem), ele acaba por conquistá-la.

Achei que o diretor Josh Boone foi uma escolha correta ate porque eu tinha gostado muito do que ele fez com o recente Ligados pelo Amor. De certa altura em diante, é praticamente impossível não se emocionar e chorar (mais ou menos, vai depender de cada um). Mas são lágrimas dignas, conquistadas pela sinceridade dos atores, da realização, sem apelações vulgares. Já que não deixa de ser curioso o sucesso de um filme que fala para jovens e contempla a inevitabilidade da morte. 

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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