Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials)

Qual o filme que não força a barra e não nos obriga a perdoar certas soluções e resoluções absurdas?

17/09/2015 15:41 Por Rubens Ewald Filho
Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials)

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Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials)

EUA, 15. 131 min. Direção de Wes Ball. Roteiro de T.S. Nowlin baseado em livro de James Dashner The Scorch Trials. Com Dylan O´Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Giancarlo Esposito, Patricia Clarkson, Aidan Gillen, Lili Taylor, Barry Pepper, Alan Tudyk.

Dentro dos vários projetos que tentaram seduzir os Young Adults que gostaram de Crepúsculo e Jogos Vorazes, este aqui ao menos teve uma história curiosa com basicamente rapazes fingindo ser adolescentes e que estão presos sem saber porque num lugar isolado que tem um labirinto móvel, que pode matar os que pretendem fugir. Embora não fizesse muito sentido, era tenso e curioso e foi bem de bilheteria (custou 34 milhões e rendeu nos EUA mais de 100 milhões e 238 milhões no exterior). Esta continuação que estreia simultaneamente com os EUA já rendeu 26 milhões no exterior (não divulgaram o orçamento mas deve ter sido bem maior do que o original).

Conversei com alguns dos fãs da série e desse tipo de leitura, que estavam revoltados com o filme, reclamando de várias cenas pouco convincentes (os heróis conseguem fugir e escapar fácil demais, nem tudo é muito verossímil). Francamente achei que estavam sendo exigentes demais. Qual o filme que não força a barra e não nos obriga a perdoar certas soluções e resoluções absurdas? Mas por isso mesmo que são filmes de ação e diversão? Ou será que alguém alguma vez levou a sério Tom Cruise e seus Missões impossíveis? Mas enfim é bom ficar prevenido que a continuação dá uma mudança brusca na história e os rapazes (a mocinha é Kaya, que é inglesa de nascimento mas de mãe brasileira!). E o entrecho do livro é muito modificado, o que pode explicar esse descontentamento! O diretor é mesmo vindo da Direção de Arte e que fez primeiro subtitulado Correr ou Morrer e o terceiro previsto para 2017, como a Cura Mortal. Antes só tinha dirigido curta metragens. E realmente a direção de arte aqui não é grande coisa e francamente poderiam ter inventado vilões mais interessantes do que o mortos vivos que parecem estar em tudo que é seriado atualmente. E acaba tornando o filme um exemplar de horror! Onde se tem que aceitar, por exemplo, uma organização governamental que se chamaria WCKD que seria “World Catastrophe Killzone Department,” (Departamento de Catástrofes Mundiais, Área de Matar)!

Fugindo do Labirinto (Maze), os chamados Gladers chegam a uma espécie de grande armazém de onde serão enviados para outros determinados lugares, mas sempre sob segredo. O herói Thomas (o elenco é todo imemorável começando por este Dylan O´Brien de Teen Wolf) é mais esperto e encontra outro colega que já tem provas de alguma coisa esta sucedendo as escondidas, sugando dos jovens alguma força vital. Isso naturalmente os leva a fugir do lugar e se enveredar por uma região desértica que na verdade teria sido antes uma grande cidade (o primeiro lugar que vão se esconder é um velho shopping agora reduzido a esconderijo de Zombies). Há várias fugas e perseguições, até eles chegarem a uma espécie de batalhão secreto de guerrilheiros que enfrentam esses tiranos (e aí temos o prazer de encontrar ao menos atores experientes que ficaram conhecidos há mais de 25 anos atrás como Lili Taylor e Barry Pepper. Outro conhecido o negro Giancarlo Esposito, que já estava envolvido na trama tem um papel marcante). Mais ação, mais explosões e deixa-se a porta para uma continuação (repare bem que deve ser apenas uma, ao contrário dos outros do gênero que inventam logo duas para fazerem mais dinheiro!).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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