RESENHA CRTICA: Maze Runner: Correr ou Morrer (Maze Runner)
A moda de livros para young adults tem provocado resultados divergentes. Mas assisti com ateno e s me faltou mesmo a pipoca.
Maze Runner: Correr ou Morrer (Maze Runner)
EUA, 14. 113 min. Direção de Wes Ball. Com Patricia Clarkson, Dylan´OBrien, Kaya Scodelario (Lunar, Agora e Sempre), Will Poulter (O Filho de Rambo, Nárnia), Ki Hong Lee, Blake Cooper, Thomas Brodie Sangster (Game of Thrones).
A moda de livros para young adults tem provocado resultados divergentes. Para cada estouro como Jogos Vorazes e A Culpa é das Estrelas, temos que lamentar outros equívocos (como o atual O Doador de Memórias) e este filme B cheio de ação e ausente de surpresas que estreia simultaneamente com os EUA, mas que pode resultar numa boa diversão. Não fosse tão econômico no elenco praticamente todo desconhecido começando como o garoto Dylan, um sub-Rob Lowe que na verdade veio do seriado Teen Wolf e portanto tem seus defensores e uma moça Katia, filha de mãe brasileira que nos passou despercebida em outros filmes, mas é bonita, delicada e radicada na Inglaterra, ainda deve aprender. Infelizmente seu papel aqui é quase nada e não sabemos ainda se haverão as duas continuações previstas (ou três!).
Também falha na promoção (o cartaz é horrível e confuso, o sub título Correr ou Morrer seria mais adequado para comédia, o roteiro é cheio de clichês e facilmente previsível e o orçamento bem limitado) e se parece também com outro clássico da literatura O Rei das Moscas.
Achei a curiosa a escolha do diretor para fazer este filme. A Fox gostou tanto do curta metragem de animação chamado Ruins (11) justamente sobre uma companhia em ruínas, que resolveu pata contratá-lo para desenvolver este projeto baseado em 4 livros de James Dashner (seu The Scorch Trials estão em pré produção). Ele havia sido frequente diretor de arte e não se pode acusá-lo de não ter feito uma aventura diatópica ainda que derivativa com bastante ação (tenho preferência sempre por aranhas gigantes!) sobre um grupo de rapazes que vai parar numa espécie de labirinto, onde podem ou não encontrar uma saída. Embora como eu disse o desenrolar seja bem fácil de se adivinhar, não quer dizer que o filme não mantenha o clima e o suspense e somente nos cinco minutos finais é que teremos a resolução e a explicações (e a chamada para o próximo). Falha também no teor romance o que teoricamente afasta o público feminino!
Mas assisti com atenção e só me faltou mesmo a pipoca.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.