Estás Me Matando Susana (You´re Killing Me)

México, 2018. 1h40. Direção de Roberto Sneider. Baseado em livro de José Agustin. Roteiro de Luis Camera. Com Gael Garcia Bernal, Veronica Echegui, Ashley Hinshaw, Jadyn Wong, Adam Hurtig, Bjorn Aralsson.

São tão raros os filmes mexicanos chegando ao cartaz no Brasil que chega a ser surpresa ver esta comédia estrelada por aquele que é certamente o maior e mais popular internacional astro do México, o versátil Gael Bernal. Figura que faz um pouco em tudo, série de TV nos EUA, drama político no Chile, e assim por diante. E que tem no momento em produção, um Z (que pré produção do Zorro), Ema, Wasp Network e mais outros entre eles, Acusada! O diretor Sneider 1962-) realizou trabalhos aqui pouco lembrados (Dois Crimes, 94, Arranca-me a Vida, 08, que foram premiados com o Ariel de Cristal local, até porque marcou mais como co produtor do grande êxito Frida (2002, aquele em que Caetano Veloso cantou no Oscar!

 O ponto de partida é com o herói chamado de Eligio, que descobre que sua mulher justamente a Susana sumiu sem deixar sinal e parece ter ido até o interior para participar de um debate numa região gélida dos EUA. Por isso que uma parte da história acontece em Iowa, no Meio Oeste americano, entre Missouri e Rio Mississipi. Só que teve que ser rodado realmente no Canadá, onde realmente estavam com neve. O filme também ficou conhecido porque traz uma canção chamada “Distante Instante” composta e interpretada por Rodrigo Gonzalez ou Rockdrigo, famoso astro mexicano. O nome Susana que está no filme é também porque esse é o nome da esposa de seu irmão por quem Octavio se apaixonou em Amores Brutos (2000) com Gael! O filme estreou no Festival de Guadalajara no México. Segundo o diretor seu diferencial é colocar criticamente o machismo latino, que tenta recuperar a esposa uma novelista feminista e a razão para seu êxito comercial. O fato porém é que esta comédia romântica teve críticas desanimadoras apesar da boa vontade com Gael (não mencionei que ele fez também um drama que não assisti sobre a morte de Evita Peron e seu corpo que viajou por várias cidades, que se chamou Eva Não Dorme (15). Talvez fosse ao menos mais engraçada do que esta banalidade.