RESENHA CRTICA: Cada um na sua Casa (Home)

Com muita msica de fundo, tem uma relativa ousadia, mas no creio que adultos iro curtir

08/04/2015 14:53 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Cada um na sua Casa (Home)

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Cada um na sua Casa (Home)

EUA, 2015. 94 min. Direção de Tim Johnson. Fox. Vozes originais de Steve Martin, Jim Parsons, Rihanna, Jennifer Lopez, Matt Jones.

Corre a noíicia de que a animação da Dreamworks não vai muito bem e até ameaçou fechar. Este seu novo filme estreou bem nos EUA (chegando aos 68 milhões de dólares em pouco mais de uma semana) embora seja indicado mais para crianças pequenas, ao ponto de tentar usar um estilo de desenho que lembra muito os de canais por assinatura, tipo Cartoon Network, ou seja, muito estilizados e fofinhos. E tenha uma relativa ousadia de colocar pela primeira vez uma heroína negra (para nos seria mulata, inspirada na cantora que a dublou, Rihanna).

Com muita música de fundo, o trabalho foi do diretor Tim Johnson (Os Sem Floresta, Formiguinhaz, Simbad), mas o curioso é que poucas criticas estrangeiras comentaram o óbvio,que é inspirado em dezenas de outros trabalhos, sejam de animação ou com atores. Porque seu modelo mais que evidente é apenas E.T. de Spielberg (quando não percebem isso é de assustar!).

Há um esforço em criar um protagonista desajeitado e muito simpático chamado Oh! (a voz é de Jim Parsons de Big Bang Theory no original) e a explicação do apelido é bonitinha (é como se fosse um suspiro de decepção cada vez que ele faz alguma coisa errada). De certa forma também lembra um pouco os Minions e o filme recorda aquele lamentável Marte Precisa de Mães (Mars Need Moms), ele vive num planeta distante que tem que mudar seus habitantes para outro lugar porque estão ameaçados por seu pior inimigo, os Gorgs, e no caso vem para a Terra. Aqui, ele faz amizade com a adolescente Tip e tem dificuldades com nossos costumes, mas nasce uma grande amizade entre eles, em meio a fugas, perseguições, trapalhadas todas banais e como já disse indicada aos pequenos. Mais para Lilo & Stich do que Cinderela. Não creio que adultos irão curtir.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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