Navegando na Netflix: The Ridiculous 6

Muito longo, sem surpresas ou risadas, este talvez seja o pior filme de Sandler. Mas ele é bem capaz de se superar da próxima vez!

21/12/2015 12:36 Por Rubens Ewald Filho
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Navegando na Netflix: The Ridiculous 6

EUA, 15. 120 min. Direção de Frank Coraci. Roteiro de Sandler, Tim Herlihy. Com Adam Sandler, Terry Crews, Jorge Garcia, Taylor Lautner, Rob Schneider, Luke Wilson, Will Forte, Steve Zahn, Harvey Keitel, David Spade, Jon Lovitz, Nick Nolte, Danny Trejo, Whitney Cummings, Vanilla Ice, John Turturro, Steve Buscemi, Norm McDonald, Chris Kattan.   

Este é o primeiro filme de Sandler produzido pela Netflix (e já disponível no Brasil) até porque ele vem atravessando uma fase péssima em que toda a imprensa se reuniu para arrebentar com sua carreira e suas comédias. Além de sucessivas escolhas como o pior dos últimos anos. Curioso que no Brasil seus filmes vão muito bem de público, apesar do evidente declínio de seu status. De tal forma que este é fácil o pior trabalho de sua carreira tão irregular. Trabalhando com o tradicional grupo de amigos, conseguiu fazer uma sátira ao faroeste que é menos engraçada ainda do que a desastrosa Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola (14) de Seth McFarlane. Na verdade nada se compara com Banzé no Oeste de Mel Brooks que é o exemplar perfeito do gênero.

A semelhança com Sete Homens e um Destino ou mesmo Três Amigos (86) é muito vaga. Há um excesso de piadas escatológicas e o fato é que não consegui dar uma única risada em todo o filme (também fiquei chocado em ver o quase astro Taylor Lautner, da saga Crepúsculo, que depois do fim dela fez filmes mal sucedidos (Tracers, Run the Tide e uma série de TV Cukoo) que nem saíram aqui. Sandler resolveu lhe dar uma mão (estiveram juntos antes em Gente Grande 2) lhe dando o papel de Pequeno Pete, um órfão deficiente a quem cabem algumas das piores piadas e momentos. Porém não há o que destacar em termos de elenco porque os mais experientes livram a cara (como Turturro ensinando a jogar um esporte novo no Oeste, o beisebol, Keitel de super vilão e um surpreendente Vanilla Ice fazendo Mark Twain até com certa verve).

Só que o nível é tão baixo que fica difícil achar alguma graça na figura de Sandler como um índio Faca Branca que vive com a tribo e é bom de luta (e fala pouco), mas se descobre que é filho de um ladrão (Nick Nolte)o que provoca a trama do filme. Ele sai em busca de um tesouro enterrado pelo pai e acaba encontrando no caminho uma sucessão de infelizes incompetentes (como Luke Wilson que era guarda costas de Abraham Lincoln!) que logo se descobre são todos irmãos por parte de pai.

Muito longo, sem surpresas ou risadas, este talvez seja o pior filme de Sandler. Mas ele é bem capaz de se superar da próxima vez!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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