RESENHA CRTICA: Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride, Prejudice and Zombies)

O evidente que os dois temas, a Inglaterra da regncia e o ataque inapropriado dos zumbis so gua e azeite, no combinam e no se misturam

26/02/2016 22:04 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride, Prejudice and Zombies)

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Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride, Prejudice and Zombies)

Inglaterra, 16. 107 min. Direção de Burr Steers. Inspirado no livro de Jane Austen que foi adaptado por Seth Grahame Smith. Com Lily James, Sam Riley, Charles Dance, Jack Huston, Lena Headey, Matt Smith, Bella Heathcobe, Ellie Bamber, Millie Brady, Suki Waterhouse, Douglas Booth, Sally Phillips.

Foi uma boa ideia comercial aproveitar a moda dos zumbis na TV e no cinema para fazer uma brincadeira com o livro célebre da escritora Jane Austen (1775-1817) varias vezes filmado, que resultou num sucesso de vendas apesar de já não ser original (houve antes o Abraham Lincoln-Caçador de Vampiros/Vampire Hunter, 14, que passou mais ou menos em branco). Não sei se existe um público, no caso seriam os jovens, que gosta ao mesmo tempo dos livros românticos de Austen e a figura um pouco ridícula do zumbi. Afinal já está se aprendendo que o jovem não vai mais com tanta frequência no cinema, o que explica o fracasso deste filme (orçamento de 28 milhões para bilheteria nos EUA até agora 10 milhões de dólares). Ainda mais quando não tem um elenco muito famoso, a protagonista Lily veio de Downtown Abbey e fez Cinderela de Disney e agora a série War and Peace para TV. Seus galãs também não são muito famosos: Jack Huston, neto do diretor John Huston, Lena Headey, a rainha de Game of Thrones e 300, Sam Riley (Malévola, Control, On the Road) e Matt Smith (o doutor Who).

Foi dirigido por um certo Burt Steers, que é ator e esteve em Cães de Aluguel, Pulp Fiction, roteirista e diretor de filmes pouco famosos como A Estranha Família de Igby (02), com Kieran Culkin e Susan Sarandon, 17 Outra Vez (09), com Zac Efron, A Vida e Morte de Charlie (10), novamente com Zac Efron. Ia ser feito por David O. Russell e estrelado por Natalie Portman (que continuou a assinar com coprodutora). Mas aceitaram um elenco menor. Quem está por trás de tudo é a Rocket Pictures de Elton John. Importante saber que depois do primeiro livro em 2009, teve uma prequel, prólogo chamado Dawn of the Dreadfuls e ambos renderam mais de 1.300 milhões de exemplares. Houve um terceiro na trilogia chamado Pride and Prejudice and Zombies: Dreadfully Ever after.

 O fato é que não sei se há algum prazer em ver uma jovenzinha toda cinderela como Lilylutar com rifle e mesmo fraca quando o ataque dos Zombies vai ficando mais frequente (não se explica muita coisa e as lutas não chegam a ter a qualidade do similar com as lutadoras chinesas). O evidente é que os dois temas, a Inglaterra da regência e o ataque inapropriado dos zumbis, nunca bem explicado, são água e azeite, não combinam e não se misturam. O casal central (Riley faz o célebre personagem Mr.Darcy) tem algum charme e naturalmente o rival Huston tem culpa no cartório.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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