RESENHA CRTICA: A Pequena Morte (The Little Death)

Se voc no esperar muito pode at se divertir

22/12/2015 11:39 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: A Pequena Morte (The Little Death)

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A Pequena Morte (The Little Death)

Austrália, 14. 96 min. Direção e roteiro de Josh Lawson. Com Damon Herriman, Bojana Novakovic, Tasneem Roc, Josh Lawson (no papel de Paul), Ben Lawson, Patrick Brammall.

Um elenco desconhecido e um diretor que também é ator, não parece referencia boa para esta comédia australiana que chegou a concorrer na Mostra Internacional de São Paulo de 2014. Teve também 6 indicações para o Australian Film Institute (todas para atores e não ganhou nenhum), o Sindicato dos Roteiristas, ganhou prêmios em Tessalonik (prêmio do público), SXSW Festival (também de público). O mais interessante, porém é seu titulo que precisa ser explicado. Fala-se com frequência que o orgasmo e o prazer que o acompanha são como pequenas mortes. Esta é a intenção do filme que vem trazendo um gênero hoje muito raro: uma comédia sobre sexo. Passado em Sydney, mostra a vida de cinco casais que vive num subúrbio e compartilham seus fetiches e problemas.

Numa mesma rua convivem diversos casais com problemas. Uma mulher que tem uma perigosa fantasia sexual e a luta de seus parceiros em tentar agradá-la. Um homem começa um caso com sua própria esposa sem que ela saiba nada sobre isso. Um casal que luta para controlar as coisas depois que uma experiência sexual da errado. Uma mulher que só consegue encontrar prazer na dor de seu marido. Uma pessoa que trabalha num centro telefônico se envolve numa grande confusão com uma chamada pornográfica. Um novo vizinho que sabe seduzir todo mundo. Segundo seu diretor, o filme explora o que realmente queremos do sexo e como consegui-lo. E quais são as consequências deste passageiro momento de êxtase.

Se você não esperar muito pode até se divertir até porque o tom do filme é mais para “sitcom” do que escandaloso. E geralmente as pessoas apreciam mais o episódio final que explora o que chamam “as fascinantes possibilidades dos telefonemas sensuais para os surdos”. Ainda que tenha um tema muito discutível e desagradável (para não dizer coisa pior) que é a historia de Maeve (Bojana) que tem a fantasia de ser estuprada! E seu namorado fica mascarado para satisfazê-la! O assunto ainda volta noutra situação de gosto discutível, a esposa madura e difícil que por engano tomara remédio para dormir o que vai chamar a atenção para o marido transar com ela! O gosto duvidoso prossegue com casal que tanto fantasiam que Dane decide seguir carreira de ator! Outra historia bizarra é com Rowena que se excita cada vez que o marido chora e derrama lágrimas. Unindo essas tramas temos ainda Steve, que é “sex offender” que se muda para o bairro e vai visitar os casais.

Bom, já dá para sentir o que é o filme e se esse é o tipo de humor que o diverte. A escolha é sua.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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