Nossa Mais Querida Estrela. Bibi Ferreira
Bibi Ferreira não morreu. Nem vai morrer nunca
Bibi Ferreira em Gota D'água
Bibi Ferreira não morreu. Nem vai morrer nunca. Afinal, ela foi e continua a ser a maior de nossas estrelas, lendária intérprete de tudo que foi novo e inteligente, musical e dramático. Digamos que ela teve uma passagem para a eternidade que a classifica como uma Deusa de nossa cultura e magia. Nem é preciso insistir numa biografia, na herança igualmente lendária do pai Procópio Ferreira, de tudo aquilo que nos insistiu em nos oferecer. Tive a sorte de mesmo criança ter visto Bibi na primeira versão de My Fair Lady com Paulo Autran, mais tarde em Man of La Mancha e até do filme inesquecível que fez em 1947, a partir da Inglaterra, O Fim do Rio (The End of the River), ao lado do célebre Sabu, que foi produzido pela dupla mais importante do cinema britânico, os geniais Emeric Pressburger e Michael Powell. Bibi sempre foi uma lenda e quando finalmente a encontrei fiz questão de elogiar as transmissões que havia feito muitos anos atrás das festas do Oscar pela televisão. Como a lady que sempre foi, fez questão de me elogiar, de me cumprimentar, de destacar minhas experiências, no cumprimento mais emocionante que eu já tive de uma Deusa. Sim, porque assim era e vai continuar sempre sendo Bibi.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.