RESENHA CRTICA: 12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleio (The Purge: Election Year)

Este o terceiro filme da srie, mas acho bom deixar claro que no gosto da proposta desta srie

06/10/2016 00:49 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: 12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição (The Purge: Election Year)

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12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição (The Purge: Election Year) cartaz poster

12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição (The Purge: Election Year)

 EUA, 16. 110 min. Direção de James DeMonaco. Com Frank Grillo, Elizabeth Mitchell, Mikelti Williamson, Betty Gabriel, Joseph Julian Sorian, Edwin Hodge, Kyle Secor.

Este é o terceiro filme da série, houve Noite de Crime (13) seguido pela continuação Noite de Crime (em inglês sempre Purge, 14) e agora este, todos dirigidos e escritos por James DeMonaco. Deverá ser o ultimo porque ele já esta em andamento com um projeto que levará a franquia para a televisão! A história (agora com um elenco bem inferior e desconhecido) acontece então anos depois que o homem deixou viver o sujeito que matou seu filho, o ex policial sargento Barnes se tornou chefe de segurança da senadora Charlie Roan, candidata a presidência que está ameaçada de morte durante a noite do Purge (que ela pretende proibir). Purge poderia ser traduzido por Expurgar, Purificar, Limpar. Só para constar o filme foi bem nos EUA, onde vendeu quase 80 milhões de dólares (tem mais 38 no exterior). Mais que os anteriores, que renderam respectivamente 64 e 71 milhões talvez por ser justamente ano de eleição nos EUA.

Acho bom deixar claro que não gosto da proposta desta série, que explora violência, baixaria e dá péssimo exemplo. De qualquer forma começa com grupo de jovens sendo torturados, seguido por letreiro que diz que se passaram 18 anos e faltam dois dias para o Purge. Há uma revolta do povo que descobre que os governantes usavam essa limpeza para diminuir a população e no interesse próprio. Na verdade, este filme é mais oportunista ainda do que os outros porque é todo em cima de uma política americana, loira e ativa, chamada Charlie Roan, que perdeu sua família numa dessas situações e agora faz tudo para acabar com essa lei e praga. Acontece que os políticos ainda mais conservadores estão conspirando para justamente acabar com os inimigos deles, justamente a heroína.

É ai que tinha a maior reserva a atriz que faz o papel é bonitona, mas muito fraca, não convence nunca. Isso já derruba praticamente todo o resto do filme. Ainda assim sendo a maior parte dos atores negros e mulheres, e sabendo o que anda sucedendo nos debates dos partidos americanos, acaba-se ficando próximo demais do que seria possível na atual realidade. E chega mesmo a assustar no pior sentido da palavra!

Não estaríamos vivendo uma realidade próxima demais do que mostra o filme? Este é o verdadeiro terror!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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