OSCAR 2014: Ernest et Célestine
Sem estreia prevista para o Brasil, pode não ganhar o Oscar®, mas só sua indicação vai chamar a atenção para uma notável revelação.
Ernest et Célestine
12, França. 80 min. Sem estreia prevista para o Brasil. Direção de Stéphane Auber e Vincent Patar. Benjamin Renner. Baseado em famoso conto infantil de Gabrielle Vincent. Vozes originais de Lambert Wilson, Pauline Brunner, Paul Giamatti, William H. Macy, Lauren Bacall, Megan Mullaly, Forest Whitaker, Jeffrey Wright.
É uma graça esta adaptação de uma famosa historinha francesa para crianças que faz todo o esforço para ser fiel ao original. Indicado a vários Annies, teve prêmio especial na Quinzena dos Realizadores de Cannes, Ganhou o César da categoria, Dubai, Criticos de Los Angeles , Festival de Seattle.
Feito com as cores de uma aquarela, o filme é centrado numa improvável amizade entre um rabugento urso e um jovem rato, feito pela firma GKids. Que são os mesmos que fizeram O Secreto dos Kells, também indicado ao Oscar®, Um Gato em Paris e Chico & Rita. Os ursos vivem sobre a Terra mas embaixo existe uma raça de ratos, lutando pela sobrevivência e só subindo no mundo acima em ultimo caso. Celestine vive num orfanato, gosta de desenhar e quer capturar os dentes que todos os rodentes precisam ter. Eventualmente se tornarão bons amigos.
O filme propositalmente quer parecer um livrinho de histórias e flui com poesia e naturalidade. Pode não ganhar o Oscar®, mas só sua classificação vai chamar a atenção para uma notável revelação (e prova que a categoria tem votantes de cabeça arejada e inovadores).
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.
relacionados
últimas matérias