OSCAR 2014: Omar

Finalista ao Oscar® de filme estrangeiro, não me parece um provável vencedor.

09/02/2014 23:44 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: Omar

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Omar (Omar) Cotação: tres.

Palestina,13. Direção de Hany Abu-Assad. Com Adam Bakri, Leem Lubany, Eyad Houran, Saer Bisharat..

 

Em 2006, teve muita repercussão quando Paradise Now foi indicado e finalista ao Oscar® de filme estrangeiro. Era o primeiro filme palestino a ter repercussão internacional (sobre rapaz que vai morrer como homem bomba e sua crise). Depois disso, o diretor Hany resolveu diversificar.  Fez episódio de Stories on Human Rigths, 08, Do Not Forget Me Istambul, como comediante Ali Suliman, 11, o mais comercial Entrega de Risco (The Courier) com o americano com Mickey Rourke e Jeffrey Dean Morgan.

Mas este seu novo filme Omar já não é tão novo assim como temática (houve o recente Além da Fronteira, sobre casal gay vitima de conflito político parecido) e a resolução não me pareceu tão forte. A princípio começa como uma denuncia da situação sem saída dos jovens palestinos para se amargurar ao final. O filme que ganhou especial do Júri no Un Certain Regard em Cannes, provocou reações daqueles que esperavam uma mais clara condenação da violência.

O padeiro Omar (Adam) tem que pular um alto muro para visitar a namorada que frequenta o secundário, Nadja, irmã mais nova do amigo Tarek. Os dois e mais Amjad inventaram um plano para matar um soldado israelense, no que é na verdade um ato gratuito que não vai ajudar a causa, mas forte demais para resistir.

A vingança é rápida e no dia seguinte Omar é preso e apanha. Um agente oferece a  Omar uma saída, encontrar Tarek que eles acham que foi o que atirou e assim sairá livre. Finge aceitar, mas não tem a menor intenção de trair o futuro cunhado . Só que existe realmente um traidor entre eles. Quem?

A fronteira entre certo e errado fica difícil de definir, mas esse também é o caso da realidade entre palestinos e israelenses. O final não me agrada especialmente, mas deixo o beneficio da dúvida. Mas por isso mesmo não me parece um provável vencedor.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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