OSCAR 2014: Frozen, uma Aventura Congelante (Frozen)

É o melhor Disney em alguns anos, deve ganhar o Oscar® da categoria.

08/02/2014 17:41 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: Frozen, uma Aventura Congelante (Frozen)

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Frozen, uma Aventura Congelante (Frozen)

EUA, 13. Direção de Chris Buck, Jennifer Lee. 102 min. Com vozes de Josh Gad, Idina Menzel, Kristen Bell, Jonathan Groff, Santino Fontana, Alan Tudyk.

 

Este não foi um ano bom para  a animação com o visível desgaste da Pixar (que vem  perdendo o brilho com fracas continuações), coisa que tem sucedido também com as outras produtoras (os outros indicados com Frozen, para o Globo de Ouro foram Croods e Meu Malvado Favorito 2, do qual naturalmente este é o melhor. Foi ainda indicado como melhor canção, Let it Go de Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopes). Frozen foi indicado aos Oscars® de melhor animação,  e canção Let it Go).

O filme está sendo um imenso sucesso de bilheteria para Disney e está revigorado agora porque estão exibindo a versão com legendas, ou seja fizeram um “sing along”, a plateia tem visto o filme de novo para poderem cantar as musicas junto com os personagens! Rendeu até agora 362 milhões de dólares, no mercado interno e 500 e pouco no exterior! Sim, deve ganhar o Oscar® da categoria, assim como a canção é a favorita.

Esta nova produção Disney esteve muitos anos em desenvolvimento - desde 2002 -  já que é inspirada na historieta clássica do grande escritor infantil Hans Christian Andersen Snow Queen (o mesmo de Pequena Sereia, Sapatinhos Vermelhos e muitos outros). Ele se inscreve bem na tradição das princesas com quem o estúdio tem se dado muito bem ultimamente. Também é a primeira animação dirigida por uma mulher, Jennifer Lee (que se formou como roteirista do estúdio e acertou com Detona Ralph), enquanto o parceiro Buck depois de se formar na Disney, com Tarzan, dirigiu sozinho o divertido Tá Dando Onda (07). Mas é certamente o melhor dos filmes recentes da Disney, já que os realizadores trouxeram uma nova maneira de narrar, envolvendo mais os personagens, nos aproximando das canções (embora se pareça mais Broadway, a movimentação ajuda a dramatizar a história).

Tem muito detalhe para comentar: a pontinha de Rapunzel e Eugene de Enrolados (quando abrem os portões, a esquerda, durante For the First time in Forever), originalmente Elsa iria ser a vilã da história, mas depois de ouvirem a canção Let it Go acharam ela muito positiva demais para bandida! Assim virou uma inocente isolada, alarmada por seus poderes.

O nome mais famoso do elenco é Idina Menzel, que ficou famosa na Broadway com Rent, depois Wicked e como uma vilã em Encantada. Testou para Enrolados e o mesmo teste foi usado para usá-la aqui. Ela afirma que o filme é feminista e tem o mérito de mostrar a amizade entre as irmãs.

Os cuidados da produção incluíram trazer uma rena ao estúdio para servir de modelo para Sven. Passar uma temporada na neve, estudando todos os efeitos e, principalmente na Noruega, cujos fjords serviram de modelo para a ambientação. A dança com gaivotas é para lembrar a dos quatro pinguins em Mary Poppins.  O desenho de produção de Michael Giaimo é inspirado em outros desenhos da Disney, como Cinderela, Peter Pan e A Bela Adormecida. E segundo ele mesmo afirma nos filmes de Jack Cardiff (Narciso Negro) e até Noviça Rebelde. Outro detalhe importante: este é o primeiro filme da Disney de animação feito em Cinemascope (ou seja Widescreen), desde A Dama e o Vagabundo (fora a Disney, o mais recente foi Titan, 2000). Não foi realizado pelo velho sistema de quadro a quadro mas pelo formato digital de computadores.

Esses detalhes acho que ajudam a explicar o cuidado com que o filme foi realizado, que na verdade só se justificam porque eles deram certo. Fazer um filme é sempre um tiro no escuro, ainda mais animação, que leva anos em produção e custa uma fortuna (150 milhões de dólares). Frozen é o melhor Disney em alguns anos.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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