OSCAR 2018: Abacus - Pequeno o Bastante para Condenar (Abacus: Small Enough to Jail)

Muito bem recebido pela crítica, o filme ganhe ou não o Oscar, é sempre inteligente e oportuno

02/03/2018 17:04 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2018: Abacus - Pequeno o Bastante para Condenar (Abacus: Small Enough to Jail)

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Abacus - Pequeno o Bastante para Condenar (Abacus: Small Enough to Jail)

EUA, 2016. 1h28 min. Direção de Steve James, Mark Mitten, Julie Goldman.

Este é um dos principais concorrentes ao Oscar de melhor documentário graças ao prestigio do diretor do projeto que é Steve James, conhecido pelo sucesso que teve com o documentário sobre jovens negros que sonhavam em se tornar campeões de basquete (o filme Hoop Dreams chegou a passar aqui como Basquete Blues, 94 e marcou época). Mas também realizou outros filmes documentários de qualidade, como Interropendo a Violência (11, The Interrupters) o registro num ano inteiro na violência urbana de uma cidade.

Não fica por aí, entre outros trabalhos fez o recente, America to Me, Life itself, A Vida de Roger Ebert (famoso critico americano falecido), o filme dramático chamado Prefontaine (idem, 97), que contava a vida de esportista que sonhava em virar herói olímpico, Steve Prefontaine (vivido por Jared Leto antes de ficar famoso), que morava no Oregon e morreu cedo. Não voltou mais porém a ficção. E curiosamente com este filme é a primeira que o Oscar se lembra dele! Por sinal ele é indispensável para quem trabalha com o assunto.

Aqui se conta a história de uma pequena instituição financeira chamada justamente Abacus, que estranhamente se tornou a única companhia que foi incriminada pelo Governo quando aconteceu em 2008 a crise de hipotecas. O título se refere a uma frase que estava em moda na ocasião, a de que certos bancos são grandes demais para falharem. E tem que ser salvos pelo governo dos Estados Unidos. Que procuram evitar o colapso total. Entre os maiores absurdos da época é o financiamento de “bilhões” de dólares para financiar organizações financeiras internacionais.

Mas quando você tem um pequeno banco da família em Chinatown, tudo é diferente. A família Sung, que vive ha gerações em Greenwich Connecticut não tem obviamente o poder dos grandes bancos. E justamente por isso em 2015 foram julgados acusados de conspiração, roubo e fraude sistemática. O filme explica que ninguém da família esteve diretamente envolvida no caso que na verdade foi manipulado por um departamento do banco que eles não tinham controle, que custaram a perceber que estavam sendo vitimas de fraude. E na verdade foram perseguidos por serem ate modestos e vítimas ideias para o promoter de distrito de Manhattan mostrar serviço.

Dessa forma, a história é contada (e muitos críticos acharam que tem semelhança com o clássico It´s a Wonderful Life/A Felicidade Não Se Compra, onde a família de James Stewart tem uma situação parecida. E uma continua injustiça de um sistema que de lá, cá para só fez piorar. Muito bem recebido pela crítica, o filme ganhe ou não o Oscar, é sempre inteligente e oportuno.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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