OSCAR 2014: Os Finalistas dos Curtas

Conheça as produções de curta metragem que concorrem neste ano. Com este texto temos a análise de TODOS os indicados deste ano!

27/02/2014 11:22 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: Os Finalistas dos Curtas

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Finalmente ontem eu tive a chance de assistir num cinema de arte, o Landmark Midtown de Atlanta, com um grupo de brasileiros que esta produzindo a festa do Oscar® para a TNT, os filmes selecionados para concorrer nas categorias de melhor ficção e melhor animação. Há alguns anos que a Academia organiza essa programação nas principais cidades americanas, inclusive com apresentadores. No caso dos filmes de Ficção, são diretores famosos (como Steve McQueen e o já veterano Matthew Modine) que discorrem sobre o tema e no da Animação, dois animais, um avestruz e uma girafa que são veteranos do show business e discorrem sobre suas aventuras na tela, junto do Patolino, Bambi e sua mãe e assim por diante. Um humor particular mas bem divertido. 

 

Ficção 

Achei o padrão dos selecionados bem alto. E o meu favorito foi o francês que será traduzido literalmente como Antes Que Eu Perca Tudo e foi produzido pelo filho do diretor Costa-Gavras. Contando com muito suspense, é sobre uma mulher casada que apanha do marido e tenta fugir dele com os filhos, procurando socorro no supermercado onde trabalha. Vai nos conduzindo sem explicações numa narrativa cheia de tensão e verdade e como bom filme francês termina meio no ar. A Espanha veio com um filme ainda mais violento, chamado Aquele Não Era Eu, de Esteban Crespo, que ganhou o Goya da categoria e parece ser inspirado por fato real. Dois médicos tentam ajudar uma tribo africana em guerra mas são vítimas dos soldados crianças. Bem forte, pretende ter final positivo. Embora bem contado, não é agradável de ver.

O mais fraco é o inglês The Woorman Problem de Mark Gill, que é pouco mais de uma anedota com elenco famoso, incluindo Martin Freeman o Hobbit e Tom Hollander. É sobre um psiquiatra que vai entrevistar um sujeito que se declara Deus. Previsível e nada mais.

É bem bonito o filme dinamarquês Helium, de Anders Walter, a quinta indicação para o diretor que ganhou em 99 Valgafften. Uma poética visão de um menino que esta morrendo em hospital e o atendente que lhe da coragem. Emocionante. E ainda temos uma comédia finlandesa de Selma Vilhunen sobre uma família que vai correndo participar de um casamento. Divertidinha e nada mais.

 

Os de Animação...

Foi uma pena ficar decepcionado com o curta feito por um artista plástico português chamado Daniel Souza, que faz outra versão de O Menino Lobo, com um visual curioso, mas de pouco impacto,  que perde muito diante da exuberância da concorrência (tem um francês sobre Versalhes onde os nobres são vividos por galinhas e galos que é um show de opulência. Também ficou de fora o poético O Guarda Chuva Azul, da Pixar, que é bonitinho mas tem jeito de já visto, de reciclado a partir do Balão Vermelho). Supostamente o favorito é justamente a reciclagem do primeiro desenho animado de Disney com o camundongo Mickey, que resultou no Get a Horse, onde se parte da animação original que acaba explodindo digamos assim no colorido e no scope. Francamente esperava mais. Não se pode subestimar a força da Disney, porém seu valor é nostálgico.

Gostei muito de uma animação franco-luxemburguês chamado Dr. Hublot, de Laurent Witz, um espetáculo de criatividade, passado num futuro meio retrô, onde um homem solitário tenta conviver com o cão que não para de crescer. Eu achei extraordinário, assim como é bem divertido e simpático o britânico Tem Lugar Ainda na Vassoura, sobre uma bruxa que vai dando carona para vários animais. Além de seu gato, entra um cachorro e um sapo que no final das contas se revelam boa gente. Dublado por astros famosos como Sally Hawkins (candidata ao Oscar® de coadjuvante) é o mais longo e feito para a TV. Mas também é muito bem sucedido. Falta mencionar um japonês mediano, com um visual inferior ao habitual deles, onde um samurai luta com objetos que ganham vida e tentam destruí-lo.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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